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Muitas das plantas que constituem a vegetação de tetos verdes não são típicas da região, o que reduz a funcionalidade destes

Ao eliminar áreas verdes para construir novos empreendimentos e rodovias, diminui-se a possibilidade de melhorar a qualidade do ar, de aumentar a impermeabilidade do solo e, como consequência, cresce o número de enchentes. Os telhados verdes oferecem algumas vantagens para esse problema (mas não resolvem essa situação, funcionando apenas como um método paliativo), como a diminuição de efeitos de ilha de calor urbano, do escoamento de águas pluviais e de custos de energia para os prédios.

Sabendo disso, dois estudantes novaiorquinos estão coletando amostras de solo de caixas plantadas com espécies de duas comunidades de plantas nativas: gramíneas típicas de regiões como Hempstead Plains e pastagens que crescem em picos rochosos no sul da Nova Inglaterra e de todo o estado de Nova York. A fim de tentar aumentar a eficiência dos telhados verdes, esses pesquisadores estão tentando identificar as espécies de plantas mais adequadas para esse tipo de telhado.

Um estudo de 2007, publicado na BioScience Journal, descobriu que os telhados verdes podem, potencialmente, ajudar a controlar o escoamento de águas pluviais, reduzir os efeitos da ilha de calor urbana e regular a temperatura de prédios e casas. Para oferecer esses benefícios, a vegetação da cobertura tem de ser capaz de sobreviver aos ventos fortes, à radiação UV prolongada e a alterações imprevisíveis da disponibilidade de água. A planta mais apropriada para essas circunstâncias são as do gênero Sedum.

Porém, essas plantas não sugam água de modo tão eficiente como as outras espécies e, em certa época do ano, elas começam a absorver o calor em vez de refleti-lo, afirma Scott Maclvor, doutorando em biologia na Universidade de York, em Toronto, Canadá. Segundo o pesquisador, as plantas do tipo Sedum não são as mais adequadas para ser ter num telhado, pois a prática não incentiva a biodiversidade de espécies de plantas. De acordo com as pesquisas de Maclvor, os telhados verdes oferecem mais benefícios quando são constituídos por uma diversidade de plantas que possam ser adaptáveis às condições locais.

Fungos

Krista McGuire, professora assistente de ciências biológicas na Barnard College, está envolvida num projeto semelhante: ela está comparando amostras de terra de dez telhados plantados com vegetação nativa e com o solo de cinco parques da cidade de Nova York, a fim de identificar as comunidades microbianas que prosperam em telhados verdes. Isso para entender melhor como os ecossistemas de​​ telhados saudáveis sustentam a si próprios.

Um estudo de McGuire publicado na revista Plos ONE revela que os telhados verdes têm comunidades de fungos diversos, que ajudam as plantas a crescerem mais resistentes, em ambientes poluídos e a filtrarem metais pesados. O estudo apontou também que, em média, 109 tipos diferentes de fungos estavam presentes em cada telhado, incluindo a Pseudallescheria fimeti, uma espécie que cresce em solos poluídos e em ambientes dominados pelo homem. O solo dos telhados também contém fungos Peyronellaea, que vivem nos tecidos das plantas, a fim de ajudá-las a captar os nutrientes necessários.

Três dos telhados, pertencentes à amostra do estudo apontaram que as comunidades de fungos são diferentes de um telhado para outro. Os fungos crescem dependendo da posição do telhado, do nível de poluição na área, temperatura e quantidade de chuva recebida. A pesquisadora explica: “as espécies de plantas estão se adaptando aos novos ambientes. Sem os fungos, as plantas não seriam capazes de crescer e sobreviver”.


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