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Biomagnificação é um fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivo de substâncias ao longo de uma teia alimentar

biomagnificação é um termo utilizado para se referir ao fenômeno que ocorre quando há acúmulo progressivo de substâncias ou compostos químicos ao longo de uma teia alimentar. Embora o termo “biomagnificação” seja muito confundido ou utilizado como sinônimo de “bioacumulação” ou de “bioconcentração”, existe uma distinção importante entre esses três termos.

A bioacumulação pode ser entendida como um processo de absorção e acúmulo de substâncias ou compostos químicos no organismo de um determinado ser vivo. Já a bioconcentração acontece quando esses elementos são absorvidos pelos organismos em concentrações mais elevadas do que o ambiente circundante.

Vale ressaltar que a bioacumulação pode levar ao processo de biomagnificação. Em uma cadeia alimentar, por exemplo, produtores contaminados por alguma substância tóxica são consumidos por consumidores primários, que vão servir de alimento para consumidores secundários. Dessa maneira, a concentração de tal composto será muito maior no consumidor final do que nos organismos que ocupam posições inferiores na cadeia.

Além disso, é fundamental que as substâncias envolvidas nesses processos sejam lipossolúveis. Com isso, elas podem ser dissolvidas em gorduras e se fixar nos tecidos dos seres vivos. Geralmente, elas não são biodegradáveis e não são metabolizadas pelos organismos, de maneira que sua taxa de absorção e armazenamento é maior que a de excreção.

O que é teia alimentar?

Teia alimentar é um conceito simplificado dentro do estudo da Ecologia, mas ele é usado para fins didáticos e observação de padrões biológicos. A teia alimentar se refere à relação entre organismos que se dá por meio de diferentes cadeias alimentares. Para saber mais sobre esse tema, acesse a matéria:

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O que é teia alimentar

Como ocorre a biomagnificação?

biomagnificação pode ocorrer de forma direta, quando as substâncias são assimiladas a partir do meio ambiente, ou de maneira indireta pela ingestão de alimentos que contêm esses compostos químicos. Esses processos acontecem simultaneamente, em especial em ambientes aquáticos.

Os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) são substâncias sujeitas aos processos de bioacumulação e biomagnificação, sendo consideradas altamente tóxicas aos seres vivos. Como exemplo de POP, pode-se citar o DDT (diclorodifeniltricloroetano), um pesticida usado principalmente na Segunda Guerra Mundial. Em virtude dos danos que pode ocasionar ao meio ambiente e à saúde humana, seu uso foi suspenso na maioria dos países ainda na década de 70.

Como o DDT contaminava a água, os moluscos retinham e acumulavam essa substância em seu corpo ao realizarem a filtração. Ao serem consumidos, passavam essa substância ao consumidor e assim sucessivamente por meio da teia alimentar. Como dito anteriormente, os predadores do topo são os mais prejudicados, uma vez que se alimentam de uma grande quantidade de matéria pertencente ao nível anterior e, consequentemente, acumulam mais o DDT. Essa substância causa graves problemas às pessoas, tais como cirrose e câncer de fígado.

Outro exemplo de POP é o mercúrio, que frequentemente é encontrado em peixes. Essa substância também bioacumula-se e biomagnifica-se na teia alimentar, atingindo facilmente os seres humanos.

Poluição ambiental por meio da biomagnificação

O processo de biomagnificação pode ser utilizado para avaliar o grau de poluição ambiental de um determinado local. Esse fenômeno tem sido objeto de muitos estudos que avaliam a concentração de metais pesados em ambientes aquáticos por meio de organismos utilizados como bioindicadores. Os ecossistemas aquáticos são ideais para esse tipo de avaliação porque são considerados os receptores finais de contaminantes liberados no ambiente.

A deposição de metais pesados nos ambientes aquáticos é proveniente de atividades industriais e agrícolas. Nesse tipo de ambiente, os metais se bioacumulam nos organismos por meio da ingestão de água e partículas contaminadas, além de penetrá-los através da superfície do corpo e das estruturas respiratórias. A partir da ingestão de peixes contaminados, os metais pesados são transferidos para os humanos e podem causar sérios danos à saúde.


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