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Confira cinco artistas que chamam a atenção para questões ambientais fazendo arte com reciclagem

A arte tem um potencial provocador e muitos artistas a utilizam como ferramenta de ativismo. Entre as correntes existentes, destaca-se o ativismo ambiental. Com a arte contemporânea, a produção artística reinventou suas fronteiras e começou a transitar em novos territórios, utilizando linguagens como performances e instalações.

O uso de materiais reciclados na arte não é limitado ao artesanato. Conheça cinco artistas que trabalham arte com reciclagem, de maneira sustentável e transmitindo uma mensagem de consciência ambiental no dia a dia das pessoas.

O que é um ativista ambiental?

Um ativista ambiental é uma pessoa que se identifica com a luta pela proteção do meio ambiente.

Mierle Laderman Ukeles

Desde 1976, a feminista Mierle Laderman Ukeles é artista residente do Departamento de Saneamento da Cidade de Nova Iorque. Seu trabalho incorpora o diálogo e a participação da comunidade em torno de questões centradas na vida e na sustentabilidade. Ela chamou atenção para a manutenção dos sistemas ecológicos urbanos em geral, para a transferência de material reciclado e usado ​​e para a vida de trabalhadores de manutenção diária.

Ativismo de marca, ou wokewashing
Ativismo de marca é engajamento ou oportunismo?

Se preferir, vá direto ao ponto Esconder 1. Redes sociais e as novas gerações 1.1. Ativismo de marca e o marketing vazio…

Para ela, o lixo é arte. Ukeles focou suas energias criativas em uma série de projetos de longo prazo: Touch Sanitation (1978-1984), Flow City (1983-atual) e Fresh Kills Landfill and Sanitation Garage (1989-atual). Estes projetos fornecem pontos de acesso e informações para visitantes sobre questões de gestão de resíduos urbanos.

lixo zero
Lixo zero: o que você precisa saber sobre esse movimento

Lixo zero, em inglês “zero waste”, é um movimento criado pela Zero Waste International Alliance (ZWIA).

Wendy Osher

arte com reciclagem de wendy osher, usando sacos de plástico como matéria-prima para fazer crochê em formato de mamas
Imagem: divulgação

Esse projeto ecocolaborativo conectou mulheres de todo o mundo, usando sacos de plástico como matéria-prima para fazer crochê em formato de mamas. Osher juntou os componentes para fabricar uma forma colorida e orgânica atraente, para chamar a atenção para as toxinas que escoam para águas internacionais.

A obra se destina a aumentar a consciência social sobre a importância de corrigir a contaminação da água. Em conjunto, as mulheres apontam como sacos de plástico estão ligados ao veneno que vaza para a corrente sanguínea e afeta diretamente o leite materno das mulheres e o futuro das gerações vindouras.

Frans Krajcberg

Frans Krajcberg
Imagem: divulgação

Nascido em Kozienice, na Polônia, em 1921, o artista perdeu toda sua família para o holocausto. Nos quatro anos que passou na guerra, Frans Krajcberg se defrontou com a face mais obscura do ser humano, a violência. Após toda essa barbaridade, o artista plástico encontrou refúgio na beleza das formas da natureza. Ele se radicou no Brasil, onde chegou em 1948.

O artista plástico, premiado na Bienal de Veneza, na Bienal Internacional de São Paulo e no Salão de Arte Moderna, entre outros, foi muito importante no panorama da arte brasileira e desenvolveu um poderoso trabalho de ativismo com suas obras em pintura, escultura e fotografia.

Krajcberg luta e grita contra o que chama de barbárie do homem contra o homem e do homem contra a natureza. “A minha vida é essa, gritar cada vez mais alto contra esse barbarismo que o homem pratica”.

Ele faz da sua arte um grito de revolta ao transformar restos de troncos, galhos calcinados e outros materiais após queimadas em esculturas. “Quero que minhas obras sejam um reflexo das queimadas. Por isso, uso as mesmas cores: vermelho e preto, fogo e morte”.

Sayaka Gans

obra de sayanka ganz com dois cavalos, um preto e um branco, saindo de uma parede. ilustra a arte com reciclagerm
Imagem: divulgação

Sayaka Ganz produz belas esculturas ecologicamente corretas, que reutilizam objetos no fim de sua vida útil. A artista conta que foi inspirada por crenças xintoístas japonesas que dizem que todos os objetos têm espíritos, e aqueles que são jogados fora “choram à noite dentro da lata de lixo”. Com esta imagem vívida em sua mente, ela começou a coletar materiais descartados, como utensílios de cozinha, óculos de sol, garrafas pet, eletrodomésticos e brinquedos, para incluí-los em suas obras de arte.

Ao produzir sua arte com reciclagem, Ganz recupera e regenera os materiais em questão e propõe um consumo mais racional. A concepção de resíduo é uma criação humana, na natureza tudo é insumo de algo e dá continuidade ao ciclo. A obra de Ganz introduz mais uma chance de vida para esses materiais que seriam descartados, provavelmente de forma incorreta, e degradariam o planeta.

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Eduardo Srur

obra de eduardo srur. mostra garrafas de plástico gigantes acostadas ao lado de uma rodovia movimentada, ilustra a arte com reciclagem
Imagem: divulgação

O artista plástico realiza grandes intervenções urbanas que chamam a atenção de milhões de pessoas para a questão ambiental. A inserção de suas obras no cotidiano da cidade, faz com que os espectadores reflitam, mesmo que por um breve momento, sobre a necessidade de respeitar o meio ambiente.

Srur transita entre a fotografia, escultura, vídeo, performance, instalações e intervenções urbanas. Suas obras são bem-humoradas, porém impactantes e com forte dimensão crítica. A interferência no cenário urbano dialoga com a questão ambiental e faz um importante alerta sobre os problemas vividos nas metrópoles, como o excesso de resíduos e a importância da reciclagem.


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