O que são alimentos remosos e quando evitar?

Os alimentos remosos são uma classe formada mais por sabedoria popular do que por classificação científica. Esses tipos de alimentos são ricos em gorduras, óleos refinados, açúcares e sal e possuem ação inflamatória. Desta forma, eles podem atrapalhar o processo de cicatrização de qualquer tipo de lesão e causar complicações nos pontos de quem está passando pelo pós-operatório. 

O termo “alimentos remosos” vem da palavra grega “reima” ou “reuma” que significa “corrente de líquido” ou “fluxo de humor orgânico”. A partir disso vem o termo “remosos”, que é tudo aquilo que provoca a reima. 

O que é considerado remoso?

Quais são os alimentos remosos? Esses alimentos, inicialmente, eram conhecidos por serem carnes de animais carnívoros ou de dieta restritiva. As presas desses animais contém bactérias em seu interior, que são passadas ao predador quando devoradas. Quando a carne de origem animal é cozida, parte desses organismos é eliminada, mas as toxinas permanecem.

Isso, em conjunto com a alta concentração de gordura e proteínas, faz com que essas carnes sejam alimentos remosos, que podem causar problemas inflamatórios. As carnes de origem animal que constituem essa categoria são: capivara, peixes de pele e cascudo, patos, carne de porco, caranguejo e camarão. 

Além disso, os alimentos remosos são carregados de gordura hidrogenada, adoçantes artificiais, óleos refinados e açúcares, que podem ser encontrados em diversos tipos de ultraprocessados. Logo, mais refeições foram adicionadas a esse grupo. Outros alimentos que podem ser classificados como reimosos são:

Lista de alimentos remosos

• Fast Food
• Frituras
• Refrigerante
• Chocolate ao leite
• Laticínios
• Xarope de milho
• Macarrão instantâneo
• Caldo de carne em cubo
• Sorvete
• Bebidas alcoólicas
• Carnes processadas, como salsicha, salame e presunto
• Massas prontas para bolos
• Barras de cereal
• Linguiça
• Frutos do mar
• Amendoim

Comprovação científica e consumo excessivo

Uma revisão de estudos da Universidade Federal do Pará (UFPA) mostrou que ainda não existe uma concordância científica a respeito do ato de consumir alimentos remosos. Isso porque são poucas as pesquisas voltadas para a questão e boa parte das informações disponíveis são de crença popular de regiões como norte e nordeste. 

No entanto, isso não significa que você não precisa ficar atento ao que come quando estiver se recuperando de qualquer tipo de cirurgia ou processo de cicatrização. Afinal, os poucos estudos que existem mostram que o consumo em grande quantidade de alimentos remosos pode causar complicações em quadros inflamatórios.

Desta forma, pessoas que recentemente fizeram tatuagens ou piercings, ou passaram por cirurgias, devem evitar ingerir qualquer tipo de alimento citado acima. Caso não seja possível, a recomendação é reduzir o seu consumo.

Quais frutas são remosas?

Existem frutas com efeito remoso, que podem causar complicações na cicatrização. Esses alimentos também devem ser evitados. Apesar de não serem ricas em proteína animal, as frutas cítricas ou com muita gordura costumam ser alimentos remosos e podem ter o mesmo efeito de um refrigerante, quando consumidas em excesso durante o processo de cicatrização.

As frutas remosas são:

• Abacate
• Abacaxi
• Ata (fruta semelhante à pinha)

O que comer para ajudar na cicatrização?

Nesse caso, é recomendado manter uma dieta balanceada e saudável, sem excessos. De preferência para alimentos ricos em proteínas vegetais, vitaminas e minerais. Refeições com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes também são mais que bem vindas, já que ajudam a controlar a produção de colágeno e a evitar a formação de queloides na região da cicatriz. 

Alguns dos alimentos que agilizam esse processo são:

• Carnes magras (frango e cortes magros de carne vermelha, como patinho e maminha);
• Leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico);
• Nozes e castanhas;
• Sementes (sementes de linhaça, girassol, abóbora e chia);
• Vegetais e verduras (couve, brócolis, agrião, espinafre e rúcula);
• Frutas vermelhas (amora, framboesa, mirtilo e morango);
• Frutas e vegetais roxos (beterraba, berinjela, repolho-roxo, açaí, uva e cereja);
• Fígado
• Ovos;