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Diferença entre lixão e aterro sanitário está relacionada ao tratamento do lixo urbano

O tratamento do lixo urbano é a principal diferença entre lixões e aterros sanitários. O aterro sanitário é uma obra de engenharia projetada sob critérios técnicos, cuja finalidade é garantir a disposição correta dos resíduos sólidos urbanos que não puderam ser reciclados. Para isso, além de possuir sistemas de drenagem de efluentes, o solo é previamente tratado e impermeabilizado para receber esses resíduos. O lixão, por sua vez, é uma forma inadequada de disposição final de rejeitos, que se caracteriza pelo simples descarte de lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

No Brasil, os municípios possuem a função de coletar e dispor os resíduos gerados adequadamente. Por várias razões, como escassez de recursos, deficiências administrativas e falta de visão ambiental, é comum que esses resíduos sejam descartados em locais inapropriados, como os lixões.

A disposição inadequada de resíduos provoca a degradação do solo, a contaminação de rios e lençóis freáticos e emissões de metano, gás do efeito estufa responsável por intensificar o aquecimento global. Por isso, entender a diferença entre lixão e aterro sanitário é fundamental para que todos possam contribuir na destinação correta do lixo urbano.

Resíduo ou rejeito?

Para contribuir na destinação correta, é preciso entender a diferença entre resíduos e rejeitos. Resíduo é tudo aquilo que pode ser reutilizado ou reciclado. Isso exige que os componentes de determinado produto sejam separados de acordo com sua composição. Por outro lado, um item é considerado como rejeito quando todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem já foram esgotadas. Nesse caso, as únicas destinações plausíveis são encaminhá-lo para um aterro sanitário licenciado ambientalmente.

Principais diferenças entre lixão e aterro sanitário

Os aterros sanitários são obras projetadas para o descarte seguro do lixo urbano. Independente do tipo, o projeto de um aterro sanitário deve prever a instalação de elementos para captação, armazenamento e tratamento do chorume e do biogás, além de sistemas de impermeabilização superior e inferior. Esses elementos são fundamentais para que a obra seja considerada segura e ambientalmente correta, e por isso precisam ser bem executados e monitorados.

Os sistemas de drenagem e tratamento de chorume são os componentes mais importantes dos aterros sanitários. O chorume, também conhecido como lixiviado ou líquido percolado, é um líquido escuro gerado pela decomposição da matéria orgânica em aterros sanitários e lixões ou em composteiras. Além de possuir um cheiro forte e desagradável, o chorume dos aterros pode poluir o solo, águas subterrâneas e rios.

Nos lixões, o chorume resultante da decomposição da matéria orgânica penetra o solo, contaminando-o. Além disso, é possível que esse líquido atinja rios e lençóis freáticos, contribuindo para a degradação desses ambientes. Vale ressaltar que o chorume de composteira não é tóxico e pode ser utilizado como fertilizante de solo e pesticida natural. Na composteira, o chorume resulta da decomposição de matéria orgânica pura, enquanto em aterros e lixões os vários tipos de descarte são decompostos juntos e liberam um chorume contaminado e cujo descarte exige atenção.

Os aterros sanitários também possuem um sistema de drenagem de gases. Esse sistema é composto por uma rede de componentes adequada, capaz de evitar que os gases gerados pela decomposição dos resíduos escapem através dos meios porosos que constituem o subsolo do aterro sanitário e atinjam fossas, esgotos e até edificações. O metano é um exemplo de gás prejudicial ao planeta que é captado e queimado em aterros sanitários, o que evita sua disseminação.

Essas estruturas também não estão presentes nos lixões. Neles, os gases gerados através da decomposição são lançados diretamente na atmosfera. Um levantamento feito pelo Departamento de Economia do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) aponta que a queima irregular de rejeitos descartados em lixões libera cerca de seis milhões de toneladas de gases de efeito estufa ao ano. É a mesma quantidade emitida por três milhões de carros movidos a gasolina no mesmo período.

Além disso, a administração de um aterro sanitário prevê a cobertura diária do lixo acumulado, evitando a proliferação de contaminantes, mau cheiro e poluição visual. Nos lixões, os resíduos ficam expostos a céu aberto. Por isso, eles também oferecem risco de contaminação para pessoas e animais que vivem ao seu redor, já que podem atrair vetores de doenças.

Além de todos os impactos ambientais e para a saúde pública, os lixões geram problemas sociais. Esses locais são frequentemente visitados pela população carente para a catação de materiais recicláveis ou reutilizáveis que foram descartados incorretamente e ainda podem ser vendidos. Em geral, essas pessoas não utilizam equipamentos de segurança ao manipular o lixo e ficam sujeitas a acidentes, como cortes com vidro quebrado ou lascas de madeira, e à contaminação por agentes encontrados nos lixos, como líquidos que vazam de pilhas e metais pesados.

Fim dos lixões

Entre as medidas necessárias para mitigar os impactos provocados pela destinação incorreta de resíduos, segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), destacam-se o fim dos lixões ainda existentes no Brasil e a construção de novos aterros sanitários capazes de realizar a gestão ambientalmente correta dos rejeitos.

Dados da entidade e da empresa de consultoria PwC apontam que mais da metade das cidades brasileiras ainda destinam incorretamente seus resíduos para lixões, quando poderiam ser reciclados ou reutilizados. Por isso, são necessárias medidas punitivas mais severas para o avanço da Política Nacional dos Resíduos Sólidos e o fim definitivo dos lixões.

Agora que você sabe a diferença entre lixão e aterro sanitário, faça sua parte e destine seu lixo adequadamente. Aprenda como separar o lixo e encontre postos de descarte para os recicláveis no mecanismo de busca gratuito do Portal eCycle.


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