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Confira algumas dicas para evitar que uma prática saudável se torne prejudicial

Praticar atividades físicas faz bem ao corpo e à mente. Mas, será que para moradores de grandes metrópoles, fazer exercícios a céu aberto pode ser arriscado? A resposta é sim! Não apenas pelos problemas relacionados à poluição, mas pela grande movimentação de automóveis e motocicletas – que pode representar alto risco de atropelamento. No entanto, não há motivo para deixar de fazer exercícios físicos. É necessário apenas seguir algumas dicas, mas antes, vamos entender porque se exercitar em cidades grandes faz mal á saúde.

Quem pedala ou corre em avenidas cheias de carros está mais exposto a compostos tóxicos e materiais particulados provenientes da poluição emitida pelos escapamentos dos veículos automotores, como emissões de diesel (comprovadamente cancerígeno e de uma qualidade péssima no Brasil) e monóxido de carbono (CO). Isso ocorre porque, durante as atividades físicas, o volume de ar que colocamos para dentro dos pulmões (inspiração) aumenta consideravelmente. Esses poluentes agridem as vias respiratórias e podem cair na circulação.

De acordo com artigo do mestre em Saúde Pública, Fábio Faria Peres, da Fiocruz, o monóxido de carbono pode aumentar a frequência cardíaca para além do nível normal de uma pessoa que está se exercitando, além de diminuir a capacidade de transporte de oxigênio, o que prejudica o desempenho.

Nos meses de frio e tempo seco, a poluição causa ainda mais problemas na execução de atividades físicas, pois essas condições propiciam a concentração de poluentes no ar. Na cidade de São Paulo, nuvens de poluição são comuns em certas épocas do ano.

Dicas

Para evitar problemas, basta seguir algumas recomendações antes de fazer exercício nas grandes cidades:

  1. Exercite-se a uma distância de pelo menos 100 metros das grandes vias da cidade para evitar exposição a grandes quantidades de poluentes. Parques são boas opções se não estiverem cercados por grandes avenidas. As ruas internas dos bairros são boas alternativas;
  2. Dê preferência a horários com menor movimentação de veículos. As “horas do rush” matinais e vespertinas são os momentos do dia em que há o maior número de poluentes no ar;
  3. Na academia, antes de se matricular, verifique se os filtros do ar condicionado são limpos regularmente. Se o estabelecimento estiver próximo a uma região com grande tráfego de veículos, redobre a atenção na verificação do aparelho de ar condicionado;
  4. Em épocas de frio e tempo seco, uma boa alternativa é praticar esportes aquáticos. Segundo o Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte (Cemafe), da Unifesp, a própria atmosfera da piscina, com umidade, diminui a propensão à inalação de poluentes.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), apesar dos possíveis malefícios, praticar esportes nas ruas de grandes cidades não é nenhum risco se você não tiver complicações respiratórias como asma e bronquite. Não há estudos que apontem problemas de longo prazo a pessoas saudáveis que pratiquem exercícios estando sujeitos a poluição. Se você for vítima dessas doenças respiratórias, fique atento, pois o assunto é sério. Para se ter uma ideia, o maratonista etíope multicampeão, Haile Gebrselassie, desistiu de disputar a prova das Olimpíadas de Pequim, em 2008, devido a problemas respiratórios que a poluição poderia agravar (veja mais). Segundo o SBPT, uma pessoa com tais dificuldades poderia até infartar em decorrência da combinação entre poluição e exercício físico.

Mas, reiterando, apenas seguindo as quatro dicas acima, uma pessoa sem complicações respiratórias pode se exercitar nas cidades normalmente. Mas antes de dar início a atividades físicos é preciso consultar um médico.

Agora que você já sabe o que fazer, é só fazer seus exercícios com consciência!


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