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Conheça a definição, a origem e os impactos  da xenofobia, o medo irracional de pessoas estrangeiras

A palavra xenofobia, ou medo de estranhos, pode ser aplicada ao medo e/ou à aversão por pessoas ou hábitos estranhos ao país de origem do xenófobo. O termo tem origem na junção de dois vocábulos gregos: xénos (que significa “estranho”, “desconhecido”, “estrangeiro”) e phóbos  (“medo”). A xenofobia é um tipo de preconceito, que se refere, em termos gerais, à discriminação contra estrangeiros e sua identidade nacional.

Como podemos definir xenofobia?

A hostilidade e o repúdio contra indivíduos de outros países costuma ser uma reação ao medo, provocada por ignorância sociocultural. Ela costuma envolver a crença de que existe um conflito entre o grupo interno de um indivíduo e um grupo externo específico. No sentido original, o termo xenofobia era utilizado na psicologia para descrever o medo patológico do desconhecido (pessoas, situações, objetos etc.).

Com a intensificação dos fluxos migratórios e cada vez mais a interferência de grupos ao redor do mundo que lutam pelos direitos humanos nos últimos anos, o conceito evoluiu para descrever o preconceito contra imigrantes, refugiados, estrangeiros e pessoas de outras culturas. Normalmente, a xenofobia pode ser considerada um preconceito de classe, racial, étnico e cultural, entre outros.

Tipos de xenofobia

Existem dois tipos principais de xenofobia:

Xenofobia cultural

Este tipo envolve a rejeição a objetos, tradições ou símbolos que estão associados a outro grupo ou nacionalidade. Isso pode incluir idioma, roupas, música e outras tradições associadas à cultura.

Xenofobia do imigrante

Este tipo envolve a rejeição de pessoas que o indivíduo xenófobo acredita não pertencer à sociedade. Pode envolver a rejeição de pessoas de diferentes religiões ou nacionalidades e pode levar à perseguição, hostilidade, violência e até ao genocídio.

História da xenofobia

A xenofobia tem desempenhado um papel significativo na formação da história humana por milhares de anos. Os antigos gregos e romanos usavam suas crenças de que suas culturas eram superiores para justificar a escravidão de outros. Diversos países em todo o mundo têm uma história de atitudes xenófobas em relação a estrangeiros e imigrantes, por motivações diversas.

Na contemporaneidade, são emblemáticos os casos de xenofobia na Europa, com o crescimento do deslocamento de imigrantes. Esse crescimento geralmente é provocado por crises humanitárias, guerras e falta de recursos naturais em seus países de origem.

Exemplos recentes nos Estados Unidos incluem discriminação contra pessoas de ascendência do Oriente Médio (muitas vezes referida como “islamofobia”) e atitudes xenófobas em relação a imigrantes mexicanos e latinos. Ao longo da história, muitos eventos ficaram marcados como consequências nocivas da xenofobia para a humanidade, como:

  • Genocídio de Ruanda
  • Internamento de nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial
  • Genocídio Holodomor na Ucrânia
  • Holocausto da Segunda Guerra Mundial
  • Genocídio cambojano

Racismo e xenofobia

A xenofobia frequentemente se sobrepõe a formas de preconceito, incluindo racismo e homofobia, mas há distinções importantes. Enquanto racismo, homofobia e outras formas de discriminação são baseadas em características específicas, a xenofobia geralmente está enraizada na percepção de que os membros do grupo externo são estranhos à comunidade interna.

O racismo tem uma gama um pouco mais ampla de significados do que a xenofobia. Isso porque ele inclui “uma crença de que a raça é o principal fator determinante das características e capacidades humanas e que as diferenças raciais produzem uma superioridade inerente a uma raça específica” e “um sistema político ou social baseado no racismo”.

Como combater a xenofobia?

Xenofobia
Imagem de  Antonio Cansino por Pixabay 

Se você luta contra os sentimentos de xenofobia, há coisas que você pode fazer para superar essas atitudes.

Amplie suas experiências

Muitas pessoas que exibem xenofobia experimentam pouca exposição àqueles que são diferentes delas. Viajar para diferentes partes do mundo, ou até mesmo passar um tempo em uma cidade próxima, pode ajudar muito a enfrentar o problema.

Lute contra o medo e o preconceito

O medo do desconhecido é um dos medos mais poderosos de todos. Se você não foi exposto a outras etnias, culturas e religiões, ganhar mais experiência pode ser útil para vencer sua xenofobia. Se você notar alguma ação discriminatória por parte de outra pessoa, manifeste-se. Diga o que pensa. A xenofobia pode ser combatida com o esforço conjunto de toda a sociedade.

Se for preciso, procure ajuda

Se a sua xenofobia ou a de um ente querido é mais difundida apesar da exposição a uma ampla variedade de culturas, então um tratamento profissional pode ser adequado. Escolha um terapeuta que tenha a mente aberta e esteja interessado em trabalhar com você por um longo período de tempo.

Qual a lei de xenofobia no Brasil?

O crime de xenofobia está previsto no 20º artigo da Lei 7.716/89 — a Lei do combate ao racismo: 

“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)“. 

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)”.

Pessoas praticantes desse crime podem sofrer uma pena de um a três anos de prisão, mais multa. 

O papel dos imigrantes para o meio ambiente

No debate sobre questões ambientais, os imigrantes são frequentemente responsabilizados por agravar o problema, por exemplo, aumentando o congestionamento. De acordo com uma pesquisa conduzida por estudiosos australianos, é importante quebrar esse circuito e reconhecer a contribuição positiva dos migrantes para a proteção ambiental.

O estudo procurou fornecer uma imagem detalhada dos jovens imigrantes australianos de primeira e segunda geração que se preocupam com o meio ambiente. A pesquisa mostrou que as minorias étnicas estão frequentemente sub-representadas no movimento ambientalista urbano.

Isso pode levar a sugestões de que os migrantes não cuidam ativamente do meio ambiente. Porém, os resultados revelaram que esses imigrantes cuidam do meio ambiente de maneiras específicas. Elas são, em grande parte, com foco na frente doméstica.

Desde a infância, os participantes da primeira e segunda geração continuaram com costumes herdados de seus pais. Tais ações incluem reciclagem e reaproveitamento de itens de consumo, economia de água e energia, uso de hortas caseiras e compostagem para compra e consumo ético.

Segundo os pesquisadores, os migrantes já estão altamente engajados em um comportamento ambientalmente correto em casa. A próxima etapa é ajudá-los a se envolver com as questões ambientais de forma mais ampla.
As descobertas sugerem que os migrantes estão interessados ​​em encontrar novas maneiras de proteger o meio ambiente. Para isso, o movimento verde deve ajudar os migrantes a conseguir isso, tornando as iniciativas ambientais seguras, acolhedoras e acessíveis para eles.


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