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Fabricantes apostam na conscientização da população para que os veículos verdes se tornem viáveis

Após o lançamento frustrado de certos modelos de veículos elétricos em meados dos anos 1990, a necessidade política e cultural de se adquirir hábitos sustentáveis forçou as grandes companhias automobilísticas a apostarem, novamente, em carros movidos a eletricidade. Desta vez, parece que eles estão vindo para ficar. Grandes montadoras como GM e Nissan já lançaram modelos em 2010 e investem no novo mercado.

As vantagens e desvantagens do carro elétrico são muitas. Não emite poluentes, pode ter um design mais moderno porque não necessita de tantas peças mecânicas e tem desempenho bem parecido com os demais veículos movidos à base de hidrocarbonetos.

Mas nem tudo são flores. Três problemas específicos talvez sejam os mais preocupantes: como recarregar os carros, de quanto é a autonomia das baterias e como fica a indústria de autopeças?

São Francisco, na Califórnia, é considerada a cidade verde dos Estados Unidos. O governo municipal está investindo pesado para subsidiar a compra de veículos movidos a eletricidade. No entanto, dependendo do número de carros que serão carregados, há a possibilidade de haver falta de fornecimento de energia, o popular blecaute. Os veículos podem ser energizados em tomadas normais (o que leva de sete à oito horas para completar a carga) ou em postos específicos, que recarregam 80% do limite em meia hora.

Ainda no tema da recarga, cria-se o problema da matriz energética. Nos países ricos, onde os carros elétricos estão rodando os seus primeiros quilômetros, grande parte da energia é obtida por meio de fontes não renováveis, como a partir da queima de carvão (termoelétricas) e da energia nuclear. Mesmo acabando com as emissões provenientes de escapamentos, o modelo elétrico estaria usando uma energia adquirida de forma nada sustentável para o planeta.

Os motores de veículos elétricos são produzidos com baterias íon-lítio, que ainda não têm grande autonomia. É possível rodar, com a “carga cheia”, cerca de 170 quilômetros. Os que defendem o carro elétrico dizem que 80% dos proprietários de automóveis andam menos de 70 quilômetros por dia. No entanto, há muitos que fazem percursos maiores, como os motoristas de táxi.

As fábricas de autopeças também pode sofrer um duro golpe com a popularização dos modelos elétricos. Desde o fim do século XIX, a indústria metal-mecânica tem sido a grande propulsora do setor industrial em todo o mundo. Centenas de componentes da produção automotiva são dependentes do motor, que não é necessário no veículo verde.

Car tones

Outra preocupação que pode até virar inovação é a falta de ruído dos novos carros. Para evitar acidentes, as montadoras estão pensando em disponibilizar alto falantes com uma espécie de “car tones”. O consumidor faria o download de um som específico e colocaria em seu veículo, para que as pessoas percebessem a aproximação do mesmo.

No Brasil, a tendência do uso de carro elétrico deve esperar um pouco. Além de haver a tecnologia flex que está tendo relativo sucesso, as montadoras costumam apostar em países periféricos apenas após o bom desempenho nos desenvolvidos.


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