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Além dos Pontos de Entrega espalhados pelo Brasil, a Reciclus também promove a coleta gratuita de lâmpadas em condomínios residenciais

A Reciclus (Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação) é uma entidade sem fins lucrativos que organiza e desenvolve a coleta e o encaminhamento adequado de lâmpadas de uso doméstico.

A associação surgiu para atender às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de 2010, que representa um marco na história do gerenciamento de resíduos no Brasil, e de um Acordo Setorial que visa à implementação do Sistema de Logística Reversa de lâmpadas.

Desde sua fundação, a Reciclus tem assumido a missão de operacionalizar a Logística Reversa de produtos de iluminação no país, que incluem lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, por meio de pontos de coleta distribuídos por todo o Brasil. A ideia é estimular os consumidores a abandonar velhos hábitos – como o descarte de lâmpadas velhas no lixo comum –, beneficiando a sociedade e o meio ambiente.

Por que reciclar sua lâmpada?

Ao descartar sua lâmpada antiga no lixo comum, você assume o risco de contaminar rios, fauna e flora. Quando a lâmpada se quebra, ela libera mercúrio no solo e no ar, ameaçando ecossistemas inteiros e, consequentemente, a saúde humana.

O mercúrio contamina toda a cadeia alimentar, desde o fitoplâncton até os peixes carnívoros, e se mantém incorporado ao tecido do organismo após ingerido. Assim, a concentração de mercúrio vai aumentando dentro da cadeia alimentar, à medida que novos organismos se alimentam de outros já contaminados. Esse processo recebe o nome de bioacumulação.

Ao incorporarmos peixes contaminados à nossa dieta, nós também ingerimos altas concentrações de mercúrio. Esse tipo de intoxicação pode ter efeitos devastadores, principalmente para as populações ribeirinhas, que têm os peixes como base da dieta alimentar.

O mercúrio é um metal pesado que, sob condições normais, é encontrado em baixas concentrações no ambiente, sendo naturalmente liberado por meio de processos erosivos e erupções vulcânicas. Mas a contaminação por esse elemento, classificado como potencialmente cancerígeno pelo Instituto Nacional de Câncer, é resultado da ação humana – ou seja, é responsabilidade de todos nós.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, as principais causas antropogênicas de emissão de mercúrio para o meio ambiente são a mineração do ouro, as queimadas de grandes áreas florestais, a fabricação de cloro-soda, termômetros, pilhas e materiais odontológicos e, é claro, a produção e o descarte inadequado de lâmpadas com mercúrio em sua composição.

O assunto é tão sério que, em 2013, foi elaborado um tratado internacional que limita o uso de mercúrio, por causa dos problemas causados ao meio ambiente e à saúde humana. Intitulado Convenção de Minamata, o acordo conta com 128 países, incluindo o Brasil, que promulgou o texto do tratado em 2018 por meio do Decreto 9.470.

De acordo com a organização sem fins lucrativos WWF, a Convenção de Minamata proíbe, desde 2020, a fabricação, a importação e a exportação de lâmpadas fluorescentes e de vapor de mercúrio. A Convenção foi batizada em homenagem às centenas de vítimas da contaminação por mercúrio que assolou a cidade de Minamata, no Japão, em meados da década de 1950.

No entanto, apesar da regulamentação, o descarte inadequado de lâmpadas e baterias contendo mercúrio, que estão em uso ou em estoque no comércio, ainda é um desafio. Por isso, é fundamental que nós, consumidores, façamos a nossa parte no ciclo de vida da lâmpada, contribuindo para dar a ela uma destinação adequada e ecologicamente responsável.

Que tipo de lâmpada escolher?

Incandescentes

Você certamente se lembra das lâmpadas incandescentes, que foram as primeiras a utilizar energia elétrica para funcionar e dominaram as residências do país por muitos anos. De acordo com o Inmetro, 70% das casas brasileiras eram iluminadas por lâmpadas incandescentes até 2010.

O cenário começou a mudar após a aprovação da Portaria Interministerial nº 1.007, de 31 de dezembro de 2010, que visava estimular a troca progressiva das lâmpadas incandescentes por modelos com maior eficiência energética, como as fluorescentes e as lâmpadas de LED. Sete anos depois, a venda das incandescentes foi totalmente proibida no Brasil.

Fluorescentes

A alternativa imediata foram as lâmpadas fluorescentes, que apresentam maior durabilidade e consomem cerca de 75% menos eletricidade do que as incandescentes para produzir a mesma qualidade de iluminação. Para se ter uma ideia, enquanto uma lâmpada incandescente dura, em média, quatro meses, a vida útil das fluorescentes pode chegar a dois anos.

Parece uma boa troca? Poderia ser, exceto por um fator: as lâmpadas fluorescentes contém mercúrio – aquele metal pesado que, como você já sabe, gera uma série de problemas ambientais e de saúde pública. As lâmpadas fluorescentes, no entanto, ainda são amplamente utilizadas no Brasil, exigindo especial atenção na hora do descarte.

LED

Por último, mas não menos importante, temos as lâmpadas de LED (Light Emitting Diode, ou “diodo emissor de luz”). O investimento nesse tipo de lâmpada costuma ser um pouco mais alto, mas compensa bastante no longo prazo. Dependendo do modelo, a vida útil de uma LED pode chegar a 17 anos.

Além disso, 98% dos componentes das lâmpadas de LED são recicláveis, não há metais pesados em sua produção e elas ainda são menos agressivas para a vista humana. Por isso, as vantagens da lâmpada de LED diante dos outros modelos são inúmeras, desde o custo-benefício até a redução dos impactos ambientais.

Na verdade, as lâmpadas de LED não só poupam muito o seu bolso no longo prazo, como, em última instância, ajudam a combater as mudanças climáticas. Segundo a organização The Climate Group, a iluminação é responsável por quase 5% das emissões globais de CO2. Contudo, a iluminação por LED alcança uma economia de energia de 50 a 70% em comparação com as tecnologias antigas.

Isso significa que uma mudança global para a tecnologia LED com eficiência energética poderia economizar mais de 1.400 milhões de toneladas de CO2 e evitar a construção de 1.250 usinas de energia. Entre todas as opções disponíveis no mercado, a LED é líder em eficiência energética, custo-benefício e sustentabilidade.

Como funciona a Reciclus?

Você não precisa ser cliente do estabelecimento escolhido, mas deve ficar atento à quantidade máxima de lâmpadas permitida por loja.

O Programa Reciclus conta com 2.520 pontos de entrega de lâmpadas espalhados por todo o país. No site da associação, você digita seu CEP ou endereço e a Reciclus informa o ponto mais próximo da sua casa. Simples assim!

Quando o coletor do estabelecimento atinge 80% de sua capacidade, a Reciclus entra no jogo, fazendo a coleta e enviando as lâmpadas para as recicladoras. Lá, os componentes são separados e, em seguida, é realizada a descontaminação dos produtos, que poderão ser reaproveitados em diversas indústrias.

Vidro e pó fosfórico, por exemplo, são utilizados na fabricação de cerâmica e na vitrificação de azulejos. Os componentes metálicos vão para a indústria automotiva e a de fundição. Já o plástico é granulado e revendido para encontrar novas finalidades em uma série de segmentos industriais.

Reciclus faz coleta gratuita de lâmpadas em condomínios residenciais

Em 2020, a Reciclus incorporou a coleta gratuita de lâmpadas usadas em condomínios nas principais cidades do Brasil. Facilitando o trabalho do consumidor e garantindo a destinação correta desses produtos, a Reciclus reforça seu compromisso em minimizar os diversos impactos ambientais que o descarte incorreto desses resíduos pode acarretar.

Para isso, o condomínio deve ter um coletor adequado e um local protegido para as lâmpadas. Quando o coletor atingir 80% de sua capacidade, basta entrar em contato com a Reciclus, que fará a retirada dos produtos gratuitamente.

Se interessou? Saiba mais sobre a disponibilidade e o funcionamento da coleta Reciclus pelo WhatsApp: (11) 98469-1113.


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