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Descubra porque a queima de árvores mortas para redução de carbono tem gerado controvérsia na comunidade científica

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Quando pensamos em métodos de redução de emissões de carbono, a queima de árvores parece ser inviável. Porém, alguns especialistas acreditam que essas árvores podem ajudar a reduzir o uso de carvão na produção de energia e, consequentemente, diminuir os níveis de carbono na atmosfera. 

O método, como analisado por cientistas e especialistas, requer árvores específicas — aquelas que foram mortas por besouros. Esse tipo de besouro, da família Cerambycidae, também conhecido como besouro-do-pinho, é um tipo de praga nativa da América do Norte. O inseto é responsável pela devastação de extensas florestas de pinho nos Estados Unidos. É estimado que cerca de 100 mil árvores mortas por besouros caiam por dia no norte do Colorado e em Wyoming. 

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Essas árvores caídas aumentam o risco de incêndio florestal, que pode acabar com grandes ecossistemas. 

Pensando em soluções para esse problema, cientistas começaram a estudar as árvores caídas como potencial matéria-prima substituta para a queima de carvão na produção de energia.

Especialistas afirmam que o método é mais vantajoso do que deixar as árvores nas florestas aumentando os riscos de incêndio, ou esperar por sua decomposição. 

Funciona mesmo?

De acordo com especialistas, o carbono derivado das árvores mortas já está destinado ao meio ambiente de qualquer forma, seja por queimadas acidentais ou pela sua decomposição. Ou seja, usando essas árvores como biomassa, existe um reaproveitamento do material orgânico para ser convertido em energia. 

Porém, ainda assim existem algumas controvérsias cercando a pesquisa e sua eficácia. 

Controvérsias 

Alguns especialistas acreditam que o método não é eficaz na redução de carbono, uma vez que ainda libera CO2 na atmosfera por décadas — o tempo de crescimento de outras árvores que farão, eventualmente, sua absorção. Além disso, não há garantias de que essas árvores serão plantadas para neutralizar as emissões. 

Alguns especialistas também defendem que, embora o reaproveitamento de madeira seja vantajoso, a decomposição das árvores seria mais eficaz na neutralização do carbono. 

De acordo com Phil Duffy, presidente do Centro de Pesquisa Woods Hole dos Estados Unidos, o método de queima de árvores mortas para redução de carbono analisado pelos cientistas também deixou de avaliar alguns critérios envolvendo sua pegada ambiental, incluindo o transporte das árvores para instalações de produção de biomassa.

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Não há consenso na comunidade científica sobre a eficácia do método. A pesquisa, afinal, continua no papel e não obteve resultados comprovando sua eficiência na redução de carbono. 

Entretanto, a Califórnia aprovou um projeto de lei que favorece a queima de madeiras de áreas de risco de incêndio florestal para a produção de energia. Nessa instância, o projeto não foi defendido como neutralizador ou redutor de emissões de carbono, e sim uma solução para riscos de queimadas acidentais. 


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