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A psicologia ambiental nos ajuda a entender a relação que estabelecemos com o meio ambiente, a natureza e o planeta

A psicologia ambiental é uma área da psicologia que leva em conta as transações entre os indivíduos e seus ambientes físicos. Nessas transações, os indivíduos mudam o ambiente, ao mesmo tempo que seu comportamento e experiências também são modificados pelo ambiente. A psicologia ambiental inclui teoria, pesquisa e ação, com o objetivo de melhorar nosso relacionamento com o meio ambiente, pensar em soluções para problemas ambientais e tornar os espaços físicos mais humanos.

O psicólogo norte-americano Kurt Lewin foi um dos primeiros a desenvolver uma teoria da psicologia ambiental, propondo pensar o meio ambiente como fator de influência sobre os seres humanos e compreender como essa relação se estabelece. Como campo interdisciplinar, a psicologia ambiental propõe também a interação com outras áreas da psicologia, como a psicologia social, a psicologia do desenvolvimento e a psicologia da percepção, e outras disciplinas, como antropologia, arquitetura, geografia, filosofia e sociologia.

De acordo com o Journal of Environmental Psychology, a psicologia ambiental pode ser definida como “o estudo científico das transações e inter-relações entre as pessoas e seus arredores físicos (incluindo ambientes naturais e construídos, o uso e abuso da natureza e recursos naturais e comportamento relacionado à sustentabilidade”. Em outras palavras, ela busca entender como e por que o meio ambiente nos impacta e o que podemos fazer para melhorar nosso relacionamento com o mundo ao redor.

O que estuda a psicologia ambiental?

Como o comportamento humano trabalha para favorecer ou lutar contra as mudanças climáticas e a ameaça do aquecimento global? Quais as nossas respostas aos avanços da tecnologia e a diferentes ambientes, como escritórios e cidades? Como reagimos à crescente perda da biodiversidade no planeta? De que maneira o afastamento da natureza pode acentuar sintomas de ansiedade, estresse e depressão?

Essas são algumas questões trabalhadas pela psicologia ambiental. Além disso, à medida que as pessoas se tornam mais conscientes do ponto de vista ambiental, os psicólogos que estudam clima e meio ambiente passam a desempenhar um papel importante em governos, organizações não governamentais e empresas privadas, apoiando iniciativas que enfocam planejamento urbano, design e saúde ambiental, entre outros.

Quais são os tópicos e o escopo da psicologia ambiental?

O Journal of Environmental Psychology lista os seguintes tópicos como áreas populares da psicologia ambiental:

  • Percepção e avaliação de edifícios e paisagens naturais
  • Mapeamento cognitivo, cognição espacial e orientação
  • Consequências ecológicas das ações humanas
  • Avaliação de edificações e paisagens naturais
  • Projeto e experiências relacionadas aos aspectos físicos dos locais de trabalho, escolas, residências, edifícios públicos e espaços públicos
  • Comportamento de lazer e turismo em relação às configurações físicas
  • Significado de formas construídas
  • Aspectos psicológicos e comportamentais das pessoas e da natureza
  • Teorias de lugar, apego ao lugar e identidade do lugar
  • Aspectos psicológicos da gestão de recursos e crises
  • Riscos e perigos ambientais: percepção, comportamento e gestão
  • Relacionado ao estresse com as configurações físicas
  • Uso social do espaço: aglomeração, privacidade, territorialidade, espaço pessoal

Conceitos e teorias em psicologia ambiental

A psicologia ambiental está repleta de teorias que refletem sobre como e por que agimos da maneira que agimos em nosso ambiente, mas elas tendem a cair em alguma das perspectivas principais:

  • Biologia Ecológica
  • Behaviorismo
  • Psicologia Gestalt
  • Determinismo Geográfico
  • Teoria do Comportamento Planejado (TPB)
  • Modelo de ativação de norma
  • Teoria de valor-crença-norma

Além dessas teorias, há seis conceitos frequentemente discutidos na área: atenção, percepção e mapas cognitivos, ambientes ideais, estresse ambiental e gerenciamento, envolvimento e comportamento protetor. Esses chamados “elementos contínuos” são centrais na exploração de como nosso ambiente nos afeta e vice-versa.

Atenção

A atenção é o primeiro passo de qualquer interação com o ambiente. Ela determina como notamos, percebemos e observamos o ambiente ao redor. Existem dois tipos principais de estímulos: aqueles que exigem nossa atenção (estímulos altamente envolventes ou mesmo distrativos) e aqueles para os quais, deliberadamente ou não, podemos direcionar nossa atenção.

Mapas de percepção ou mapas cognitivos

A forma como percebemos o mundo ao redor acaba sendo organizada e armazenada em nossas mentes naquilo que chamamos de “mapas cognitivos”. Os mapas cognitivos são redes espaciais que conectam nossas experiências com nossas percepções atuais, ajudando-nos a reconhecer e compreender o mundo ao redor e nos permitindo navegar por ele com eficácia e sabedoria.

Ambientes ideais

Ambientes ideais são lugares onde as pessoas se sentem autoconfiantes e competentes, onde podem se familiarizar com o ambiente ao mesmo tempo que se envolvem com ele. Existem quatro fatores que determinam se um ambiente é ideal:

Unidade: a sensação de que as coisas no ambiente funcionam bem juntas.

Legibilidade: pressuposto de que uma pessoa pode percorrer e navegar no ambiente sem se perder.

Complexidade: a quantidade de informação e diversidade em um ambiente que faz valer a pena conhecer.

Mistério: a expectativa de poder adquirir mais informações sobre um ambiente.

Estresse ambiental e gerenciamento

Os ambientes podem induzir estresse nas pessoas, resultando em consequências como problemas de saúde, redução do altruísmo, aumento da fraqueza comportamental e cognitiva e falta de atenção suficiente ao próprio ambiente.

7 exemplos de psicologia ambiental na prática

Os psicólogos ambientais aplicam seus conhecimentos de muitas maneiras diferentes, incluindo:

  • Fazendo pesquisas sobre o que motiva as pessoas a mudar seu comportamento.
  • Falando sobre soluções ambientais.
  • Descobrindo por que algumas pessoas não conseguem adotar comportamentos positivos.
  • Encorajando as pessoas a repensar suas posições no mundo natural.
  • Ajudando os pacientes a adotarem um estilo de vida sustentável.

Outra grande área de aplicação para o conhecimento adquirido na área é descobrir como podemos influenciar de forma mais eficaz as pessoas e sociedades inteiras para um comportamento mais ecologicamente e ambientalmente sustentável.

A psicologia ambiental pode ajudar a descobrir métodos eficazes para encorajar um melhor comportamento ambiental no mundo, bem como promover a responsabilidade ambiental como uma norma social e oferecer programas educacionais para aumentar a conscientização sobre o planeta e a natureza.


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