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Silicone precisa ser enviado a uma empresa especializada em reciclagem para que seja reciclado de forma correta

Quando ouvimos falar a palavra “silicone”, logo pensamos em próteses mamárias colocadas por meio de cirurgias plásticas. No entanto, o silicone é um material que tem diversas finalidades, sendo empregado em vários produtos que consumimos diariamente. Sendo assim, torna-se indispensável saber o que fazer com esse material quando ele chega ao fim de sua vida útil.

O que é silicone?

Em primeiro lugar, devemos entender o que é silicone. Ele é um composto polimérico e semi-orgânico obtido a partir de reações de condensação. Quimicamente falando, o silicone é inerte, ou seja, não reage espontaneamente com outros compostos, possui estabilidade física e alta resistência ao calor, podendo ser submetido a temperaturas entre – 40 °C e 316 °C.

O silicone é considerado um composto semi-orgânico porque não é feito principalmente de carbono, mas de silício e oxigênio, tendo a seguinte fórmula química geral: [R2SiO]n. No entanto, como ele se associa a moléculas que têm carbono, não pode ser considerado um composto inorgânico.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/10, contém instrumentos indispensáveis para permitir o avanço necessário ao enfrentamento dos principais problemas ambientais e socioeconômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Para isso, a lei prevê reduzir a geração de resíduos por meio da mudança nos hábitos de consumo e do aumento da reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos. A PNRS também possui o objetivo de priorizar a destinação ambientalmente mais adequada dos rejeitos.

Além disso, a PNRS determina ações como a eliminação dos lixões e sua substituição por aterros sanitários. A fiscalização tende a ser rígida quanto à distinção dos materiais descartados, já que o operador do aterro sanitário deverá receber apenas rejeitos. Caso contrário, a empresa estará sujeita às penalizações do Ministério Público.

Silicone: resíduo ou rejeito?

Normalmente, as palavras “resíduo” e “rejeito” são utilizadas como sinônimos, no entanto, elas possuem significados distintos. Saber diferenciá-las é importante para que você possa descartar corretamente as partes ou embalagens dos produtos que consome. Resíduo é tudo aquilo que sobra de determinado produto, seja sua embalagem, casca ou outra parte do processo, que pode ser reutilizado e reciclado. Para isso, os materiais precisam ser separados de acordo com a sua composição.

O rejeito é um tipo específico de descarte, aquele para o qual ainda não existe nenhuma possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem. Um exemplo de rejeito é o lixo do banheiro, para o qual ainda não existem opções de reciclagem economicamente viáveis e de amplo alcance. Sendo assim, conclui-se que o silicone é um resíduo, já que ele pode ser reutilizado e reciclado.

Silicone é biodegradável?

Apesar de ser um material reciclável, um estudo realizado pelo Centro de Engenharia de Sistemas Químicos, pertencente à Universidade de São Paulo (USP), mostrou que o silicone não é biodegradável, não sendo portanto suscetível a processos biológicos de degradação.

Silicone é reciclável?

O silicone precisa ser enviado a uma empresa especializada em reciclagem para que seja reciclado de forma correta, conforme relata Earth Hero, uma instituição americana especializada em produtos sustentáveis. A partir daí, ele pode ser reciclado em vários produtos, como lubrificantes industriais. O silicone pode ser reciclado a partir de vários processos químicos, como decomposição térmica, ultrassônica e em meio ácido-básico.

Apesar disso, a reciclagem de silicone ainda não é um processo viável no Brasil, isso porque não existem empresas especializadas nesse processo. Por isso, os usuários costumam descartar esse material no lixo comum.

Importância da reciclagem

Hoje em dia, com o aumento crescente na produção de resíduos e no lixo oceânico, a reciclagem é de extrema importância. Muitos países já têm essa preocupação, apoiam programas ambientais e, consequentemente, de reciclagem. No Brasil, de acordo com a associação sem fins lucrativos Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), o faturamento das cooperativas de catadores tem sido crescente nos últimos anos e houve ganhos de produtividade, mas ainda há muito por fazer.

Um dos próximos passos para manter esse progresso é a formalização da atividade desempenhada pelos catadores. Além disso, muitos municípios brasileiros ainda não contam com um serviço de coleta seletiva.

Apesar de conhecermos a importância da reciclagem, ainda são poucos os resíduos coletados e reciclados no Brasil. Há uma defasagem de infraestrutura para coleta e processamento e faltam políticas públicas que incentivem a logística reversa e a redução de embalagens desnecessárias por parte de empresas, por exemplo.

Mesmo que você saiba que um item pode ser reciclável (por conta das informações da embalagem), isso não significa que ele será efetivamente reciclado. Portanto, é muito importante reduzir sua quantidade de resíduos. Sempre que puder, evite consumir produtos de reciclagem difícil, e use produtos com a embalagem de preferência reutilizada – ou biodegradável.


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