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Pesquisadores acreditam que o boom da energia solar poderia trazer benefícios aos animais polinizadores

Imagem de Heather McKean em Unsplash

Os pesquisadores que avaliam o impacto do desenvolvimento da energia solar em toda a Europa descobriram dez maneiras pelas quais a expansão da energia solar pode ser planejada para garantir benefícios aos animais polinizadores, como as abelhas.

A promissora energia solar fotovoltaica (FV) é aposta do futuro para o fornecimento de eletricidade global. Com tomadas de decisão cuidadosas, os esforços para garantir energia limpa não precisam vir às custas da biodiversidade – particularmente os animais polinizadores, que estão em declínio acentuado.

Abelhas, vespas, besouros, borboletas e mariposas desempenham um papel fundamental na produção de alimentos. Atualmente, 75% das principais culturas alimentares globais e 35% da produção agrícola global dependem desses animais em certa medida.

Em artigo para a revista científica Renewable and Sustainable Energy Reviews, uma equipe de cientistas ambientais, liderada por pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, revisou sistematicamente as evidências disponíveis sobre como as práticas de manejo da terra relacionadas aos parques solares no noroeste da Europa poderiam aumentar a biodiversidade dos polinizadores.

Junto a colegas da Universidade de Reading, eles destacaram dez maneiras baseadas em evidências para proteger e até mesmo aumentar a biodiversidade de polinizadores, que contemplam desde o plantio de flores silvestres até a conexão de parques solares a áreas próximas de habitats seminaturais.

Suas descobertas são oportunas, porque, na tentativa de combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mais energia está sendo gerada a partir de fontes renováveis. No início de 2020, uma taxa recorde de 47% da eletricidade do Reino Unido veio de fontes renováveis – incluindo eólica, solar, hidro, ondomatriz e biomassa.

Os parques solares podem produzir grandes quantidades de energia. Por exemplo, o maior parque solar do Reino Unido foi projetado para abastecer 91 mil residências quando concluído. Entretanto, os parques solares também ocupam terras, com impactos potenciais no meio ambiente. No Reino Unido, aproximadamente metade dos sistemas foi instalado como parques solares no solo, variando em tamanho de 1 a 40 hectares.

O sombreamento causado por fileiras de painéis solares afeta a temperatura do ar, a precipitação e a evaporação – o que, consequentemente, afeta o solo, a vegetação e a biodiversidade.

No entanto, no Reino Unido, os parques solares são frequentemente construídos em paisagens agrícolas de manejo intensivo e, portanto, costumam ser pobres em biodiversidade. Nesse cenário, os parques solares podem, de fato, fornecer oportunidades para estabelecer pontos-chave de biodiversidade polinizadora que, por sua vez, podem ajudar a polinizar as safras locais, como oleaginosas, morangos e maçãs.

Segundo o professor Simon Potts, da Universidade de Reading, além de promoverem a biodiversidade, os parques solares amigáveis ​​aos polinizadores também têm o potencial de fornecer benefícios econômicos tangíveis aos agricultores por meio da melhoria dos serviços de polinização em terras agrícolas adjacentes, aumentando o rendimento das safras.

Já para a Dra. Alona Armstrong, do Lancaster University Environment Center, as mudanças no uso da terra para parques solares podem causar maior degradação de nosso meio ambiente. Mas, se bem-feitas, elas oferecem grande potencial para melhorar nosso meio ambiente. “Se fizermos uma boa transição, poderemos usar a descarbonização do sistema de energia para abordar também a crise ecológica”, conclui ela.


Fontes: Renewable and Sustainable Energy Reviews e Phys.org


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