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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciou a criação de uma nova seção de pesquisa em seu banco de estatísticas agrícolas, o FAOSTAT.

A nova área reúne relatórios nacionais que rastreiam e comparam o tamanho real das propriedades agrícolas em todo o mundo, além de dados como quantas fazendas existem em um determinado país, a tipologia de posse que determina sua propriedade e o sexo do(a) agricultor(a).

Considerado o maior banco de dados agrícolas do mundo, o FAOSTAT possui uma política de dados abertos, reunindo um grande volume de dados sobre a produção, comércio e consumo dos setores agrícolas.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) está inserindo no seu banco de estatísticas agrícolas–  conhecido pela sigla em inglês FAOSTAT–, uma nova seção de pesquisa que permite melhor comparação e avaliação  das tendências agrícolas de todos os países membros da Organização.

Intitulada “Dados Estruturais de Censos Agropecuários”, a nova área apresenta relatórios nacionais detalhados que rastreiam o tamanho real das propriedades agrícolas, quem trabalha nelas e quem as possui. 

“Esses dados não estão disponíveis em nenhum lugar do mundo”, explicou o estatístico sênior e líder do programa mundial para censos agropecuários da FAO, Jairo Castano. “Esta é uma informação de baixo para cima muito preciosa e baseada em fazendas reais, de todas as fazendas do mundo.” 

A nova seção permite saber de forma rápida quantas fazendas existem em um determinado país, quais são seus tamanhos, a tipologia de posse que determina sua propriedade, o sexo do(a) agricultor(a) e quantas pessoas vivem e trabalham nelas, tudo com base nos censos agropecuários nacionais.

“Isso permite que os políticos comparem a estrutura do setor agrícola de um país com o de outro ou de uma região, ao mesmo tempo em que permite que os pesquisadores analisem, por exemplo, a distribuição do tamanho das fazendas em nível nacional e global”, destacou Castano. 

O FAOSTAT é uma base de dados que possui uma política de dados abertos e serve como um bem público global, reunindo um grande volume de dados sobre a produção, comércio e consumo dos setores agrícolas, que é de longe o maior setor econômico do mundo em termos de emprego e meios de subsistência sustentáveis. 

Nos últimos anos, a FAO também vem adicionando à base um conjunto crescente de informações críticas sobre emissões de gases de efeito estufa, uso da terra, cobertura florestal e investimentos. 

Comparativo das terras agrícolas – Entre as informações acessíveis pela nova ferramenta, está a área total coberta por fazendas em diferentes países. A Federação Russa lidera esse ranking, com 451 milhões de hectares, seguida pela Austrália, Estados Unidos e Brasil. A Rússia também tem o maior número de propriedades ou fazendas –independentemente do tamanho– por mil pessoas, seguida pela China, Vietnã e Índia. 

Os países com maior tamanho médio de fazendas são a Austrália, seguida pela Islândia, Argentina, Uruguai, Canadá, Nova Zelândia e República Tcheca. Entre os países que realizaram o censo, aqueles com a menor área média de propriedade relatada são Palau, Bangladesh e Egito. 

Cerca de 40% ou mais de todas as explorações agrícolas são chefiadas por mulheres na Lituânia, Letónia e Eswatini. Em nenhum lugar isso está acima de 50%. Em oito países, 60% ou mais das terras agrícolas são alugadas e não cultivadas por seus proprietários. Além das Ilhas Marianas do Norte, estão todas na Europa, incluindo França e Alemanha. 

França, Uruguai, Guam, África do Sul, República Checa e Islândia são países onde a porcentagem de explorações agrícolas geridas por pessoas jurídicas– empresas, cooperativas ou entidades públicas – é mais elevada, mas raramente ultrapassa os 10 por cento. Quando medido por área em vez de unidades individuais, no entanto, o controle jurídico caracteriza mais de dois terços das participações na Namíbia, Eslováquia, Ilhas Maurício, República Tcheca e Bulgária, seguidos de perto pelo Peru e Hungria. 

Em países como Brasil, Vietnã, Uruguai e República da Coréia, a maioria dos membros da família que vivem em fazendas trabalha na agricultura. Essa tendência está aumentando nesses países, bem como em Burkina Faso, Mianmar e Japão. 

Relevância – A variedade de estruturas agrícolas que podem aparecer em tais classificações destaca a importância de políticas sob medida, que podem ser aprimoradas pelas evidências históricas que o novo domínio FAOSTAT oferece. 

A ferramenta se baseia nos dados coletados pelo programa que a FAO supervisiona por meio do Programa Mundial para Censos Agropecuários. Os dados atualmente abrangem as rodadas do censo de 1990, 2000 e 2010, e à medida que chegarem os dados de 2020 serão adicionados. 

A divisão de estatística da FAO também embarcará no processo de digitalização, mineração de texto e upload de dados históricos, alguns dos quais remontam à década de 1930 e foram inicialmente coletados pelo Instituto Internacional de Agricultura, entidade cujo papel a FAO assumiu quando foi criada em 1945. 

Antes do lançamento da nova ferramenta de acesso aberto, os especialistas da FAO fizeram um trabalho meticuloso para calcular o papel dos pequenos produtores na alimentação global.  À medida que a nova seção for preenchida com outros dados,  será mais fácil para a FAO, autoridades públicas e pesquisadores dos países membros realizar análises mais detalhadas e relevantes para as políticas. 

Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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