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Estudo revela impactos desiguais do aquecimento global nas principais regiões vitivinícolas

O aquecimento global está alterando profundamente o cultivo de uvas para vinho em todas as regiões produtoras do planeta, mas os efeitos variam drasticamente conforme a localização e a fase do ciclo de crescimento. Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, analisaram dados de mais de 500 variedades de videiras e descobriram que a Europa enfrenta as mudanças mais intensas, com aumento recorde de dias extremamente quentes durante a temporada de cultivo. Enquanto isso, a América do Norte registrou elevações mais moderadas nas temperaturas.

O estudo, publicado na revista PLOS Climate, examinou a fenologia das videiras – ou seja, como o tempo de brotação, floração e colheita responde às variações climáticas. Foram avaliados dez indicadores, desde as mínimas térmicas no período de dormência até os picos de calor durante o desenvolvimento das uvas. Os resultados mostram que as estratégias de adaptação não podem ser uniformes, já que cada região sofre pressões distintas.

Na Europa, as ondas de calor acima de 35°C tornaram-se mais frequentes, acelerando o amadurecimento das uvas e elevando os níveis de açúcar, o que altera o perfil dos vinhos. Regiões como Côtes du Rhône, na França, enfrentam desafios para manter a qualidade tradicional dos produtos. Já em outras partes do mundo, como na América do Norte, as mudanças são menos extremas, mas ainda exigem ajustes nos métodos de cultivo.

A pesquisa destaca a necessidade de análises globais para orientar produtores sobre quais áreas estão se transformando mais rapidamente e quais já operam no limite da resistência das videiras. O trabalho contou com a colaboração de especialistas em climatologia, genética de uvas e ecologia de França, Espanha, Estados Unidos e Canadá, além de décadas de registros do instituto francês INRAE.

Os dados revelam que as temperaturas máximas, e não apenas as mínimas, estão entre as métricas mais afetadas – um sinal de que os viticultores precisarão lidar com estresse térmico crescente. Para a indústria do vinho, adaptar-se a essa realidade exigirá inovação e cooperação internacional, já que as respostas locais isoladas podem não ser suficientes diante de um problema de escala planetária.


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