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Pesquisa mostra que a retenção de partículas plásticas varia ao longo do dia e entre espécies vegetais

A capacidade das folhas das plantas de interceptar microplásticos presentes no ar não segue um padrão estático, mas sim variações significativas ao longo do dia. Essa descoberta, feita por pesquisadores em Nanning, na China, desafia a visão tradicional de que a acumulação dessas partículas ocorre de forma linear, como acontece com outros poluentes. O estudo revela que fatores como a abertura dos estômatos e as características morfológicas das folhas influenciam diretamente a eficiência dessa captura.

A pesquisa analisou 15 espécies de plantas, incluindo coníferas, árvores e arbustos, durante sete dias. Os resultados mostraram que a quantidade de microplásticos retidos nas folhas variava consideravelmente entre as espécies, com coníferas apresentando uma capacidade de interceptação até 3,2 vezes maior do que arbustos. Além disso, a coleta de amostras em diferentes horários revelou flutuações diurnas acentuadas, com picos de retenção após as 7h30.

A análise apontou que os estômatos – pequenas aberturas na superfície das folhas – desempenham um papel central nesse processo. Sua variação ao longo do dia influencia diretamente a captura de microplásticos, diferentemente do que ocorre com partículas de poluição atmosférica comum ou poluentes orgânicos persistentes. Enquanto esses últimos tendem a se acumular de forma contínua, os microplásticos apresentam um comportamento dinâmico, com períodos de maior e menor retenção.

Além dos estômatos, estruturas como tricomas (pelos foliares) e a cera da superfície das folhas também contribuem para a interceptação. No entanto, a forma fibrosa da maioria dos microplásticos no ar faz com que eles interajam de maneira distinta com a superfície foliar, aumentando a fricção e a probabilidade de ficarem retidos.

O estudo alerta para a necessidade de considerar esses fatores em pesquisas futuras sobre poluição por microplásticos. A definição de horários padronizados para coleta de amostras e a escolha de espécies vegetais com características específicas podem melhorar a precisão dos resultados. Além disso, a descoberta reforça a importância da vegetação como barreira natural contra a dispersão desses poluentes, destacando seu papel na mitigação de impactos ambientais e na proteção da saúde humana.

A pesquisa foi financiada pela Fundação Nacional de Ciências Naturais da China e por programas de desenvolvimento científico regional, reforçando a relevância do tema no contexto global de combate à poluição por plásticos.


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