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Pesquisa publicada pela American Chemistry Society aponta outros perigos dos microplásticos

Uma pesquisa liderada pela Universidade Politécnica de Hong Kong em conjunto com a Universidade Batista de Hong Kong comprovou que, em contato com microplásticos, filtros UV podem tornar o cromo metálico mais tóxico. A descoberta foi publicada na revista científica Environmental Science & Technology Letters da American Chemistry Society.

Pesquisas anteriores já comprovaram a ação dos microplásticos de absorver e acumular outros poluentes, além de potencialmente agir como transporte de patógenos para o ecossistema marinho. No entanto, as novas evidências mostraram uma nova possível ameaça ao ambiente aquático. 

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De acordo com o estudo, os microplásticos e as substâncias químicas presentes em suas composições interagem com outros poluentes encontrados nesses meios, alterando suas propriedades químicas. Um exemplo disso são metais, como o cromo — que pode atingir diferentes tipos de oxidação em contato com o material. 

Embora alguns tipos de cromo oxidados sejam seguros, como o Cr(III), o Cr(VI) é tóxico. 

Desse modo, os cientistas envolvidos na pesquisa começaram a observar as possíveis interações entre os microplásticos e a oxidação do cromo em relação a outros poluentes comumente encontrados na água, como os filtros UV. 

Os filtros UV fazem parte da composição de alguns produtos utilizados no dia a dia, como os protetores solares. Sua presença na água, entretanto, já foi comprovada por agir no branqueamento de corais. 

Para testar a ação da substância com os microplásticos e o cromo, os especialistas criaram misturas desses agentes com ou sem a interferência de filtros UV do tipo benzofenona. Os resultados mostraram que, além de influenciar o estado de oxidação do cromo, os filtros UV também contribuem para um maior acúmulo do metal na superfície dos microplásticos. 

Em uma segunda análise, os pesquisadores queriam investigar como esse aumento de oxidação e, consequentemente, a sua toxicidade poderiam impactar o ecossistema aquático. 

Testes com microalgas evidenciaram que os compostos inibiram o crescimento desses organismos, o que sugere que o cromo em contato com os filtros UV torna-se mais tóxico. 

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“Nossos resultados evidenciam o complexo papel dos microplásticos — não apenas acumulando, mas também transformando poluentes — em um verdadeiro coquetel de produtos químicos. Avaliações mais abrangentes de como os complexos metálicos ligados a microplásticos afetam a saúde humana devem ser realizadas, principalmente porque os microplásticos continuam a se acumular em nossas fontes de água potável e na água da torneira.”, diziam os autores em sua pesquisa.

Até então, não se sabe exatamente qual o efeito dos microplásticos na saúde. Entretanto, diversos estudos já comprovaram sua existência em órgãos e até no sangue de seres humanos. 

A descoberta impulsiona a necessidade de um conhecimento maior desses materiais, que podem contribuir na poluição do meio aquático e oferecer potenciais riscos à saúde. 


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