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Por Agência Bori, em colaboração com UFRN | Espécie nativa da Amazônia, o maracujá do mato (Passiflora nitida Kunth) é planta trepadeira com folhas grandes e de coloração vermelha. Os seus frutos se assemelham às espécies de maracujá tradicionais. Com alto potencial biológico, o extrato do maracujá do mato possui componentes antioxidantes e inibidores de enzimas responsáveis pela produção de melanina, ideais para utilização em fórmulas cosméticas. A constatação é de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Sergipe (UFS) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em estudo publicado na Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences.

Os pesquisadores analisaram as propriedades físico-químicas da folha do maracujá do mato, realizando a caracterização do extrato das folhas. A coleta foi feita em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Obtivemos um extrato seco da folha, utilizando a técnica da secagem, na qual o extrato líquido vira um pó. Este foi submetido a diversos testes para chegar aos resultados”, explica o cientista Ádley Lima, do Departamento de Farmácia da UFRN, coordenador do projeto de pesquisa.

Os pesquisadores também exploraram os potenciais antioxidantes do maracujá do mato, bem como a ação inibidora da enzima que produz melanina. “Os resultados foram favoráveis para aplicação do extrato do maracujá do mato em produtos cosméticos antienvelhecimento e inibidores ou diminuidores de manchas escuras na pele”, destaca Ádley.

De acordo com o pesquisador, apesar de possuir potenciais para a indústria cosmética e farmacêutica, o maracujá do mato não é uma planta muito explorada. “Nossa pesquisa valoriza um produto nativo da Amazônia que ainda não é muito conhecido. Na indústria, possuímos diversos produtos à base de outras espécies de maracujá, mas deste, em específico, não”, explica.

Em um país tropical, com radiação solar evidente, os resultados vêm para melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Estamos levando para a sociedade a informação dessas propriedades e já possuímos a ponte entre a universidade e indústria por meio da autora principal. Em breve, teremos um cosmético à base de maracujá do mato”, conclui o professor. O estudo, comprovando a eficácia das propriedades da planta, faz parte de uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar registro ao produto.

Este texto foi originalmente publicado pela UFRN de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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