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Em vários países, destilarias trocam produção de bebidas por álcool gel. A Air Co., uma fábrica de vodca neutra em carbono, fez o mesmo

Imagem: Air Co./Divulgação

A startup Air Co. foi lançada no ano passado, em Nova York, e produziu a primeira vodca negativa em carbono do mundo. No lugar do fermento, a empresa usa CO2 capturado da atmosfera para produzir álcool. Agora, em resposta à crise do coronavírus, a mesma técnica está sendo usada para fabricar álcool gel.

“Desde a semana passada, mudamos temporariamente todos os nossos esforços de produção de vodca para um álcool gel que seja igualmente negativo em carbono”, escreveu a empresa em comunicado divulgado nesta terça (17). O álcool gel é composto por 70% de etanol, o principal produto da tecnologia de captura de carbono usada pela empresa, que espera produzir o maior número possível de frascos durante essa crise. A Air Co. está em contato com autoridades locais para doar o álcool gel produzido para instituições que mais precisem.

Mudanças semelhantes já aconteceram em outras destilarias pelo mundo. Em Atlanta, a Old Fourth Distillery começou a produzir álcool gel quando o estoque das lojas locais acabou, oferecendo frascos gratuitos para a comunidade. Em Portland, também nos Estados Unidos, a Shine Distillery and Grill fez o mesmo.

Outras fábricas de bebidas seguiram o mesmo comportamento, como a finlandesa Altia e o grupo francês Pernod Ricard, reconhecendo que o álcool gel é uma parte importante do combate ao surto – embora as autoridades de saúde ainda recomendem a lavagem das mãos com água e sabão como a melhor opção, quando possível.

A adoção do álcool gel só é efetiva se seu uso for feito corretamente. Circulam na internet tutoriais para produzir seu próprio álcool gel a partir de vodca. O problema é que a bebida contém apenas 40% de álcool, enquanto os desinfetantes precisam de pelo menos 60% de álcool para funcionar.

Quanto aos benefícios ambientais, a versão da Air Co. é única em sua proposta. A empresa utiliza o CO2 capturado em fábricas próximas, combinando-o com água, para produzir álcool, destilando o produto final em equipamentos movidos a energia solar.

O processo é “inspirado pela fotossíntese, onde as plantas respiram CO2″, disse Stafford Sheehan, um dos cofundadores da empresa, à Fast Company em novembro. “Os vegetais consomem água e usam energia sob a forma de luz solar para produzir açúcares e outros hidrocarbonetos de maior valor, tendo o oxigênio como único subproduto. A mesma coisa se dá com o nosso processo: o único subproduto é o oxigênio”, explica.



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