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Especialistas apontam que a queda na expectativa de vida pode ter ocorrido independentemente de fatores externos

Um estudo da Universidade de Maryland aponta que a expectativa de vida de abelhas mantidas em um ambiente de laboratório controlado é 50% menor do que na década de 70. Ao criar um modelo do efeito da expectativa de vida desses insetos, os resultados corresponderam com o aumento de perda de colônias e redução das tendências de produção de mel nos Estados Unidos. 

Nos últimos anos, diversos profissionais dos EUA relataram perdas relativamente grandes, que se diferenciavam da perda natural que ocorre com o envelhecimento de colônias. Durante o inverno de 2006-2007, por exemplo, alguns apicultores comerciais perderam aproximadamente 90% de suas colônias. 

Entretanto, o país não foi o único em que o fenômeno foi observado. Países como Canadá, Austrália, Bélgica, França, Holanda, Grécia, Finlândia, Itália, Portugal, Espanha, Suíça, Alemanha e Polônia também demonstram taxas altas de mortes desses animais. 

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Agrotóxico comum no Brasil pode colocar em risco espécies nativas de abelhas, aponta estudo

Para apontar as causas dessa queda, especialistas analisaram fatores como estressores ambientais, doenças, parasitas, exposição a pesticidas e nutrição.

Esse é o primeiro estudo que aponta a queda da expectativa de vida das abelhas potencialmente independente de estressores ambientais, o que indica que a perda talvez seja um resultado de alterações genéticas dos animais. 

No estudo, entomologistas da Universidade de Maryland isolaram abelhas de suas colônias antes de alcançarem a vida adulta. 

Anthony Nearman, doutorando do Departamento de Entomologia e autor principal do estudo, que notou a queda. Mesmo mantendo o mesmo padrão alimentar das abelhas na natureza, o especialista reparou que, independentemente da alimentação, a expectativa de vida dos animais permanecia 50% menor em relação à década de 70. 

Ou seja, enquanto uma abelha em 1970 viveria por volta de 34,3 dias, uma abelha atual só vive por 17,7 dias. 

De acordo com Nerman, o protocolo de criação de abelhas em laboratório só foi oficializado em 2000, o que deveria indicar que a expectativa de vida das abelhas teria aumentado durante esse período em diante. No entanto, os resultados da pesquisa indicam o contrário. 

Embora laboratórios sejam diferentes de uma colônia, registros históricos de abelhas mantidas em laboratório sugerem que a vida útil de animais criados em laboratórios é relativamente similar à vida de abelhas de colônias. 

Os entomologistas ainda não sabem exatamente o que causou essa queda. Porém, acreditam que abelhas modernas podem estar sofrendo com uma maior incidência de doenças, como o vírus deformador de asas. Assim, esses animais podem estar enfraquecidos por novas gerações de pesticidas que não existiam há 50 anos.

Abelhas levam gerações para se recuperar de efeitos nocivos dos inseticidas

Similarmente, um estudo conduzido na Universidade da Califórnia comprovou que as abelhas podem levar gerações para se recuperar dos efeitos de pesticidas, que afetam seus níveis de fertilidade e reprodução. 

Por outro lado, Nearman e seu colega de pesquisa, Dennis van Engelsdorp, também sugerem que a genética pode ser um fator na queda de expectativa de vida dos insetos, uma vez que seus genes são responsáveis pelo fenômeno. Os especialistas alegam que a seleção natural ou artificial (induzida por apicultores) pode favorecer animais com uma expectativa de vida menor. 


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