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Pesquisa evidencia papel das raízes das árvores em extinções em massa no período Devoniano

Segundo um estudo da Indiana University–Purdue University Indianapolis, a evolução de raízes de árvores pode ter desencadeado extinções em massa durante o período Devoniano há mais de 300 milhões de anos. Tal fenômeno foi responsável pelo desaparecimento de diversas espécies aquáticas. 

De acordo com especialistas, a evolução dessas raízes resultou em um aumento substancial de nutrientes nas águas do planeta, causando um enorme crescimento de algas — um processo chamado de eutrofização

Nos dias atuais, a eutrofização é um resultado, principalmente, das ações humanas — como a liberação de esgotos em corpos d’água ou pela sua contaminação através do descarte impróprio de fertilizantes derivados da agropecuária. O aumento de nutrientes como fósforo e nitrogênio nesses ambientes impulsiona o crescimento de algas, que reduzem a quantidade de oxigênio na água, podendo comprometer o ecossistema aquático. 

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No entanto, o fenômeno estudado ocorreu de forma natural. Em geral, o período Devoniano é conhecido por seus eventos de extinção em massa, durante os quais se estima que quase 70% de toda a vida na Terra desapareceu.

Após a análise de restos de depósitos de pedra de antigos leitos de lagos, os especialistas conseguiram confirmar a presença de ciclos de níveis mais altos e mais baixos de fósforo na água, um dos nutrientes responsáveis pelo processo de eutrofização. 

Além disso, a pesquisa também evidenciou ciclos úmidos e secos com base em sinais de intemperismo causados pelo crescimento de raízes. A partir disso, também foi concluído que os maiores níveis de fósforo coincidiam com os ciclos secos do local — o que indica que raízes mortas liberaram seus nutrientes na água do planeta durante esse período. 

Desse modo, foi possível apontar que a decomposição das raízes dessas árvores foi uma potencial responsável pela extinção em massa da época. 

Felizmente, os pesquisadores da análise já afirmaram que árvores “modernas” não possuem o mesmo poder de destruição, uma vez que, desde então, a natureza desenvolveu sistemas para equilibrar o impacto da madeira podre.

O solo também possui características que impediriam esse processo, podendo reter mais nutrientes do que o solo da época. 

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Entretanto, a pesquisa evidencia uma possível nova ameaça aos ecossistemas aquáticos — a eutrofização resultante do descarte de fertilizantes agrícolas em corpos d’água. Com os novos dados, foi concluído que esse processo pode resultar em uma extinção em massa, criando novas preocupações sobre o estado dos corpos d’água do planeta em relação à poluição química.

“Essas novas descobertas sobre os resultados catastróficos de eventos naturais no mundo antigo podem servir como um alerta sobre as consequências de condições semelhantes decorrentes da atividade humana hoje”, disse Gabriel Filippelli, líder da pesquisa. 


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