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Os alimentos possuem potencial de causar doenças “do cérebro”, no que diz repeito a alterações das funções neurológicas e psíquicas

 

1. Dieta e sua relação com a demência

Segundo o neurologista Dr. David Perlmutter – autor do New York Times best-seller Grain Brain: The Surprising Truth About Wheat, Carbs, and Sugar – Your Brain’s Silent Killers (Grão Cérebro: A Verdade Surpreendente Sobre o Trigo, Carboidratos e Açúcar – Assassinos Silenciosos do seu Cérebro), o consumo de carboidratos e glúten leva ao risco de demência. O Dr. Perlmutter defende uma dieta quase livre de carboidratos, baseando-se nas evidências que dietas ricas em carboidratos levam ao aumento da glicação de proteínas, um processo que aumenta a inflamação, produção de radicais livres e estresse oxidativo, aumentando assim o risco de demência.

2. Os céticos

Há quem discorde dessa linha de pensamento. De acordo com Dr. Neal D. Barnard, professor associado adjunto da Universidade de Medicina de Washington, nos EUA, os leitores podem interpretar os conselhos do Dr. Perlmutter e colocarem a culpa dos problemas de saúde nos carboidratos. No entanto, se continuarem consumindo carne assada, por exemplo, não se livrariam de riscos.

O Dr. Bernard relata que podemos tirar uma lição, dentre outras evidenciais, com a alimentação do Japão. Em 1980, diabetes era uma doença rara e a dieta no Japão era muito elevada em carboidratos, principalmente o arroz. Então, devido a ocidentalização, a carne deslocou o arroz das refeições japonesas, havendo aumento na ingestão de gordura e redução no consumo de carboidratos. Neste período, entre 1980 e 1990, a prevalência de diabetes em adultos acima de 40 anos subiu de 5% para 11%-12 %.

O Dr. David L. Katz, diretor do Yale-Griffin Prevention Research Center, tem argumentos semelhantes. Ele exalta a diversidade dos carboidratos e ignora a associação entre dietas ricas em carboidratos e as doenças do cérebro. Para ele, alguns carboidratos trazem excelentes resultados na diminuição dos riscos à saúde. As dietas a base de plantas, inclusive de grãos inteiros, atuam como fator de melhora na prevenção de doenças crônicas, regressão da aterosclerose, entre outros benefícios.

Dr. Katz cita, inversamente, que dietas com baixo índice de carboidratos e alto consumo de gordura aumentam o risco cardiovascular.

O pesquisador afirma que a gordura saturada extraída de certas fontes, como da ingestão moderada de carne vermelha, pode proteger contra a depressão e ansiedade. Mas, quando combinada com dietas ricas em carboidratos, pode ser prejudicial para o cérebro.

3. Dieta, álcool e depressão

De acordo com um estudo publicado em 2012 na Health Nutrition, o consumo de fast food (como as pizzas e hambúrguer) aumenta em 40% o risco de desenvolver a depressão.

De acordo com o mesmo estudo, o azeite de oliva e os ácidos graxos monoinsaturados (MUFA’s) e ácidos graxos poliinsaturados (PUFA’s) teriam o efeito oposto, diminuindo o risco de depressão.

Os dados sobre os efeitos do álcool sobre o cérebro são conflitantes e estão associados às dosagens. Particularmente no caso dos vinhos tintos, eles protegem contra doenças cardiovasculares quando ingeridos em doses leves e moderadas.

O consumo mais pesado, potencialmente levando ao abuso e dependência, causa perturbações da memória, prejudica o funcionamento psicossocial e ocupacional, e causa doenças neurodegenerativas.

Um estudo publicado na Neurology, em janeiro de 2014, relata que os homens de meia- idade que bebem mais de 2,5 drinques por dia são mais propensos a sofrer ao declínio em todas as áreas cognitivas, especialmente da memória.

4. Prevenir a depressão

Dietas ricas em frutas, legumes, peixe, óleos vegetais, nozes e grãos integrais com pouca ingestão de açúcar, carne processada e gorduras animais, podem ser a melhor aposta para cuidar da saúde do nosso cérebro, bem como o resto do nosso corpo.

Também é importante não desconsiderar as causas não físicas de distúrbios psíquicos. Uma boa alimentação por si só não garante que a pessoa não terá depressão oriunda de quaisquer tipos de problemas (da perda de um parente à falta de sentido que o mundo pode ter para ela).


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