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Acordo da EPA com as maiores industrias químicas dos Estados Unidos tem até 2015 para eliminar o PFOA da sua produção

Os compostos perfluorados (PFCs) são poluentes emergentes. Esses compostos começaram a ser produzidos a partir da década de 1940 devido a suas propriedades ótimas para produção de materiais resistentes a manchas, água e óleo, além de serem bastante estáveis – isso fez com que acabassem tendo aplicação, principalmente, em embalagens de alimentos e revestimentos de panelas. O uso desses compostos aumentou nas últimas décadas, porém, são considerados poluentes orgânicos persistentes (POPs), o que significa que permanecem no meio ambiente por longos períodos de tempo. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, eles chegaram a ser banidos. Mas antes de contarmos essa história, vamos conhecer um pouco mais os PFCs.

Dois compostos perfluorados, entre seus mais de 600, têm sido amplamente estudados: o ácido perfluorooctanessulfônico (PFOS) e o ácido perfluorooctanoico (PFOA).

Ácido perfluorooctanessulfônico (PFOS)

Foi muito utilizado para produção de repelentes de manchas para tecidos. Estudos indicaram que altos níveis dessa substância foram identificadas em diversos animais nos Estados Unidos. Entre seus efeitos negativos estão o enfraquecimento do sistema imunológico, atraso no desenvolvimento físico, danos ao sistema endócrino, mortalidade prematura e câncer. Por esses motivos, tal substância foi adicionada ao anexo B da Convenção de Estocolmo de Poluentes Orgânicos Persistentes, com o intuito de restringir sua produção.

Ácido perfluorooctanoico (PFOA)

Substância utilizada principalmente para revestimento de panelas (nos modelos antiaderentes) e em embalagens de alimentos (como as de pipoca de micro-ondas). Foi identificado em 98% da população dos Estados Unidos, mas em níveis baixos  – na ordem de três a quatro partes por bilhão (ppb). Porém, em regiões que possuíam fábricas que utilizavam ou produziam esses compostos, empregados e a população local apresentaram altos níveis de concentração dessa substancia, atingindo 100 mil ppb. O PFOA é tóxico para os animais, sendo uma substância cancerígena que também causa danos a figado, sistema imunológico e sistema endócrino. Essa substancia está ligada a problemas na reprodução e desenvolvimento dos animais, além de também ser persistente no meio ambiente e no organismos.

Reconhecimentos e proibição do PFOA

O PFOA ainda não é reconhecido legalmente como prejudicial ao meio ambiente, mas, devido a seus diversos efeitos negativos, algumas medidas foram tomadas em alguns países a fim de controlar esse composto. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) entrou em acordo com as oito maiores companhias que lidavam com o material para reduzir em 95% as emissões desse composto até 2010 – o acordo também previa a eliminação de sua produção em 2015. Até o momento, a grande maioria dessas empresas já deixou de utilizar o composto e, as que não o eliminaram, ao menos reduziram significantemente sua produção, prometendo cumprir o prazo.

Medidas semelhantes de controle dessa substância são realizadas na Europa. A Noruega baniu produtos com PFOA em 2013; na Alemanha, existem medidas regulatórias sobre a máxima concentração dessa substancia na água. Porém, ainda falta uma legislação que englobe a Europa como um todo.

No Brasil ainda não existe nenhuma medida para controlar esse composto.

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