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Pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia mostra que os veículos movidos por este combustível são responsáveis por 80% da poluição no país

A frota de veículos movida a diesel em São Francisco, no estado americano da Califórnia, é de apenas 10%, número muito inferior aos automóveis que utilizam gasolina. Esses 10% são responsáveis por cerca de 60% da produção de aerossóis orgânicos secundários (AOS), partículas nocivas à saúde humana.

Em uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia em Berkeley, em todo país, o diesel é responsável por 80% da emissão dessas partículas. Os estudos foram os primeiros a comparar a produção de AOS na atmosfera proveniente de automóveis movidos a diesel e gasolina.

Os AOS são responsáveis por 90% dos danos causados à saúde humana provenientes de poluentes de escapamentos de carros. Elas são formadas na atmosfera a partir de gases que são emitidos por veículos automotores e também ajudam agravar o aquecimento global, além de possuírem um efeito a longo prazo semelhante ao do cigarro.

O diesel já era conhecido por ser altamente poluente por emitir carbono negro e aerossóis primários, além de óxido de nitrogênio. De acordo com as pesquisas, o diesel é poluente e tem o potencial 6,7 vezes maior de formar aerossóis secundários que a gasolina. Em junho de 2012 a International Agency for Research on Cancer – Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, tradução livre – (IARC), ligada à ONU, já havia classificado as emissões de motores a diesel como cancerígenas para seres humanos (veja mais na matéria “Alta exposição a emissões de diesel causa câncer de pulmão, avalia agência“).

Brasil

No Brasil, professores da USP, em parceria com profissionais da PUC-RJ e da Petrobras, também realizaram estudos e experimentos semelhantes aos feitos nos EUA para identificar emissões de aerossóis secundários nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo especialistas entrevistados pela revista Veja, trata-se de um assunto de saúde pública. Estudos realizados pela Faculdade de Medicina da USP revelam que em São Paulo ocorrem cerca de quatro mil mortes precoces por ano provenientes de doenças causadas por aerossóis secundários e primários.

A pesquisa irá direcionar a atenção para fiscalização de veículos movidos a diesel e reforçar a necessidade de novos projetos e soluções para este problema. Os combustíveis brasileiros são mais concentrados em enxofre e hidrocarbonetos, diferente dos modelos europeus. Recentemente, o Brasil lançou normas para reduzir a quantidade destas substancias, mas a adoção de combustíveis mais limpos ainda pode demorar alguns anos.


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