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Biodegradação é o processo de desintegração de materiais realizado por micro-organismos decompositores

Biodegradação é o processo de desintegração de materiais realizada por bactérias, fungos e outros organismos. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1961, para descrever a decomposição de materiais compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio.

A biodegradação é essencial para a manutenção da vida na terra, pois ela permite a formação de húmus, um processo que retorna os nutrientes para as plantas, regula as populações de micro-organismos e torna os solos férteis.

Sem a biodegradação, a formação de húmus seria inviabilizada, e os nutrientes ficariam eternamente presos nos organismos, não podendo ser naturalmente reciclados, inviabilizando a vida no planeta como a conhecemos.

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Húmus, humo, ou erroneamente escrito, humus, é um termo que remonta ao tempo dos antigos romanos.

Os micro-organismos realizam a biodegradação para utilizar substâncias químicas na respiração celular e na formação de aminoácidos, tecidos e novos organismos.

Além de contribuir para a reciclagem de nutrientes, a biodegradação contribui para eliminar contaminantes de origem orgânica como fezes, detergente, papel, hidrocarbonetos, etc; podendo ocorrer por meio da degradação aeróbica (com a presença de oxigênio) ou da degradação anaeróbica (sem oxigênio).

O termo é frequentemente usado na biomedicina, gestão de resíduos, ecologia e biorremediação, sendo associado a produtos ecologicamente corretos, capazes de se decompor de volta em elementos naturais.

Mas é importante não confundir a biodegradação com a compostagem. Quando algo é biodegradável significa apenas que ele pode ser consumido por micro-organismos. A compostagem, por outro lado, é a transformação da matéria orgânica em um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais; com atributos físicos, químicos e biológicos superiores (sob o aspecto agronômico) àqueles encontrados na matéria-prima original.

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Entre os contaminantes que podem ser biodegradados pelos micro-organismos estão os óleos (hidrocarbonetos), os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs), os bifenilos policlorados (PCBs), substâncias farmacêuticas, entre outras.

Fatores que afetam a biodegradação

Na prática, quase todos os compostos químicos e materiais estão sujeitos à biodegradação. Entretanto, a importância está no tempo demandado por cada tipo de material. Fatores como água, luz, temperatura e oxigênio interferem no processo.

A biodegradabilidade pode ser medida de várias maneiras. Testes de respirometria, por exemplo, podem ser usados ​​para micróbios aeróbicos. Para isso, é adicionado oxigênio a uma mistura de resíduos sólidos com micro-organismos e solo. Ao longo de vários dias, conforme os micro-organismos vão digerindo, é liberado dióxido de carbono, cuja quantidade emitida serve como um indicador de degradação. A biodegradação também pode ser medida por micróbios anaeróbicos e pela quantidade de metano ou liga que eles são capazes de produzir. Na literatura científica formal, o processo é denominado biorremediação.

ProdutosTempo para biodegradar
Papel toalha2 a 4 semanas
Jornal6 semanas
Miolo de maçã2 meses
Caixa de papelão2 meses
Caixa de leite revestida de cera3 meses
Luvas de algodão1 a 5 meses
Luvas de lã1 ano
Madeira compensada1 a 3 anos
Madeira pintada13 anos
Sacos de plástico10 a 20 anos
Latas50 anos
Fraldas descartáveis50 a 100 anos
Garrafa de plástico100 anos
Latas de alumínio200 anos

Biodegradação dos diferentes tipos de plástico

Cada tipo de plástico se biodegrada em um período determinado. O plástico PVC, por exemplo, se biodegrada muito lentamente, e até por isso é utilizado em encanamentos de esgoto.

Alguns plásticos de embalagem, por outro lado, estão sendo desenvolvidos para se biodegradarem mais facilmente. A exemplo disso há o plástico PLA, o plástico de bactérias e milho, a embalagem de casca de tomate, entre outros exemplos que você pode conferir na matéria:

Embalagens biodegradáveis
Embalagens biodegradáveis: benefícios e tipos

A embalagem biodegradável é um alívio para quem se preocupa com o meio ambiente. Mas também tem desvantagens.

Entretanto, vale ressaltar que mesmo possuindo a capacidade de se biodegradar, muitas vezes são necessárias condições ideais para que ocorra a compostagem. O termo “compostagem” é frequentemente usado informalmente para descrever a biodegradação de materiais de embalagem. Existem definições legais para compostabilidade, o processo que leva ao composto. Quatro critérios são oferecidos pela União Européia:

  1. Composição química: a matéria volátil e os metais pesados, assim como o flúor, devem ser limitados.
  2. Biodegradabilidade: a conversão de mais de 90% do material original em CO2, água e minerais por processos biológicos dentro de seis meses.
  3. Desintegração: pelo menos 90% da massa original deve ser decomposta em partículas passíveis de passar por uma peneira de 2×2 mm.
  4. Qualidade: ausência de substâncias tóxicas e outras substâncias que impedem a compostagem.

Lixo biodegradável compensa?

A adoção generalizada de produtos rotulados como “biodegradável” não necessariamente vai diminuir de maneira significativa o volume de lixo que entra no oceano ou os riscos físicos e químicos que representam, principalmente no caso do plástico.

O relatório “Plásticos biodegradáveis e Lixo Marinho. Equívocos, preocupações e impactos nos ambientes marinhos” demonstrou que a completa biodegradação de plásticos ocorre em condições que raramente, ou nunca, se observam em ambientes marinhos, com alguns plásticos exigindo composteiras industriais e temperaturas prolongadas acima de 50°C para serem desintegrados. Há também evidências que sugerem que os produtos rotulados como biodegradáveis aumentam a propensão do público de despejar o lixo em locais impróprios para tal.


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