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Aquecimento global e escassez de recursos pressionam centros de dados essenciais para inteligência artificial

As ondas de calor intenso, cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas, representam uma ameaça crescente aos data centers que sustentam serviços digitais, inteligência artificial e computação em nuvem. A combinação de escassez hídrica, falhas no sistema elétrico e aumento da demanda por resfriamento pode comprometer a operação dessas estruturas vitais para a economia digital.

Um estudo recente da empresa de análise de riscos Verisk Maplecroft alerta que 56% dos 100 principais hubs de data centers do mundo enfrentarão demandas de resfriamento mais altas anualmente. Em cenários de aquecimento global acima de 4°C, dois terços dessas instalações estarão em risco elevado até 2040. Cidades como Dubai, Los Angeles e Bangkok estão entre as mais vulneráveis.

A água, recurso crítico para o resfriamento dos servidores, também está sob pressão. Mais da metade das principais cidades com data centers poderão sofrer escassez hídrica nos próximos cinco anos. Regiões como o Oriente Médio e o oeste dos EUA, incluindo Phoenix e Denver, enfrentam riscos particularmente altos.

A energia elétrica, outro pilar da operação desses centros, também está ameaçada. Ondas de calor elevam a demanda por eletricidade justamente quando as redes de transmissão ficam mais vulneráveis. Em 2022, um pico de temperatura derrubou data centers da Google e Oracle em Londres, enquanto um centro de dados da rede social X paralisou na Califórnia meses depois.

Apesar dos avanços em eficiência energética e uso de fontes renováveis, a aceleração das mudanças climáticas exige soluções urgentes. Inovações tecnológicas, políticas públicas e investimentos em infraestrutura resiliente são caminhos para mitigar os riscos. Enquanto isso, a dependência de combustíveis fósseis para suprir a demanda energética do setor – como defendido por alguns governos – pode agravar ainda mais o problema.

A relação entre clima e tecnologia nunca foi tão evidente. O futuro da inteligência artificial e da economia digital depende, em grande parte, da capacidade de adaptação a um planeta mais quente e imprevisível.


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