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As imagens do impacto da Covid-19 no Estado do Amazonas, veiculadas em 2020, ajudaram a projetar o Brasil no cenário internacional como um dos países que pior tem lidado com a pandemia. O noticiário exibindo a abertura de centenas de covas coletivas e a instalação de caminhões-frigorífico na entrada de hospitais, em razão do grande número de mortos, evidenciou o lado mais trágico que a crise sanitária poderia ocasionar. Para piorar, 2021 começou com dezenas de doentes morrendo asfixiados com a falta de cilindros de oxigênio.

Dos 62 municípios do Amazonas, apenas a capital, Manaus, dispõe de infraestrutura hospitalar com UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Isso significa que a única chance de salvar doentes graves de qualquer parte do Estado é tentar encaminhá-los para lá. A situação é dramática. O Amazonas teve quase 328 mil casos confirmados de Covid até o dia 10 de março, 46% em Manaus e 54% do interior, com 11.388 mortes.

Desde que a pandemia atingiu o país, o WWF-Brasil tem trabalhado para minimizar o sofrimento das populações mais vulneráveis – que, além da doença, sentem os efeitos econômicos da crise. A ação mais recente vem ocorrendo desde o início de dezembro de 2020 em nove municípios do Sul do Amazonas, beneficiando mais de 7 mil famílias indígenas, extrativistas, rurais e periurbanas com a distribuição de mais de 170 toneladas de alimentos, máscaras e itens de higiene.

Realizada com o apoio do WWF-Alemanha, do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha e da Aliança para o Desenvolvimento Sustentável do Sul do Amazonas, a ação conta também com a parceria de dezenas de organizações locais. A região escolhida, historicamente uma das mais impactadas por crimes ambientais, concentrou 70,3% dos focos de queimadas e mais de 90% do desmatamento detectados no Estado do Amazonas em 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Não por acaso, a vulnerabilidade das populações da região se aprofundou durante a pandemia. Muitos beneficiados relataram à equipe do WWF-Brasil que a ajuda humanitária chegou em um momento crucial, uma vez que a crise elevou ainda mais os preços dos alimentos, já historicamente altos por lá. “A Amazônia, com sua diversidade de povos, florestas e rios é muito bonita. Ela é linda. É poética. Agora, a gente vivenciar a Amazônia é outra história”, analisa Izac Theobald, técnico de conservação do WWF-Brasil baseado no Sul do Amazonas, que atua no planejamento e na execução desse trabalho. “Vivenciar com esse povo, estar ali no dia a dia, sabendo da dificuldade que eles passam, da falta de apoio, das políticas públicas que não chegam, é complicado”.

Entre as localidades atendidas por esta ação estão o assentamento Juma, as comunidades da Barra de São Manoel, Colares e Santa Rita. Mas o trabalho não para por aí. Nas próximas semanas, Unidades de Atenção Primária Indígena (UAPIs) da região receberão itens como protetores faciais, máscaras descartáveis e N95, álcool em gel, macacões, macas, oxímetros de pulso e termômetros digitais. Graças a uma parceria firmada com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), o material será distribuído a cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), chegando a povos indígenas dos dez municípios do Sul do Amazonas, que abrangem uma área de 46,7 milhões de hectares.


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