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Sílfio é uma planta nativa da Grécia antiga usada como afrodisíaco e contracepção

O sílfio é uma planta que costumava florescer em Cirene, uma antiga cidade da Grécia, agora conhecida como Líbia, no norte da costa da África. Ela foi usada por anos como alimento, planta medicinal, afrodisíaca e o principal, como contraceptivo. 

Como medicamento, a resina do sílfio era usada para o tratamento da náusea, febre, calafrio e até mesmo calos nos pés. Para a alimentação, o sílfio era um condimento obrigatório na casa de qualquer pessoa que vivia na Grécia antiga. 

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“Lápis semente”: após apontado muitas vezes, item pode ser plantado

Por fim, seu uso mais famoso era para a contracepção. Ou seja, pessoas que não tinham o intuito de ter filhos ou pretendiam acabar com uma gravidez usavam a planta em grandes quantidades.  

A fama foi tão grande que o sílfio se tornou popular e extremamente importante para a cidade de Cirene. Por esse motivo, a planta chegou a ser representada nas moedas usadas pelo povo que vivia na Grécia. No entanto, o auge da sílfio não durou muito, já que ela deixou de existir pouco tempo depois. 

História da sílfio 

O sílfio era uma planta selvagem que crescia ao longo das costas secas do mediterrâneo. Depois de algum tempo, as pessoas que moravam na cidade de Cirene descobriram os usos da planta. Elas aprenderam a fazer extratos dos caules e raízes do sílfio e descobriram suas propriedades.

De acordo com o escrito Theophrastus, conhecido como o pai da botânica, o sílfio surgiu depois de uma grande chuva em Cirene no ano 136 do calendário Romano ( 617 a.c). Para ele, o sílfio se assemelhava às férulas, plantas altas que podem chegar a 50 cm e tem folhas amareladas.

Seus caules eram consumidos fritos, suas raízes eram molhadas com vinagre, enquanto sua seiva era derramada sobre pratos como um molho. Depois de se tornar popular, a seiva da planta se tornou um dos condimentos mais caros da Grécia e da Roma antiga. 

Segundo Soranus, um dos ginecologistas mais antigos, o sílfio era capaz de prevenir a gravidez e ainda conseguia acabar com “qualquer existência dentro da mulher”. Bastava tomar um pequeno copo com resina de sílfio para resolver o problema. Outra alternativa de  anticoncepcional era a introdução de um tufo de lã molhado em sílfio na vagina.

Planta do amor 

Alguns historiadores ligam a imagem do coração atual, aquele usado em emojis, ao uso do sílfios. Isso porque a planta era um afrodisíaco e suas folhas tinham um formato que se assemelha ao desenho de coração usado atualmente. 

Desta forma, o sílfios seria uma grande metáfora para o amor, coragem e força nos tempos antigos. Sem contar que a planta estava estampada e todas as moedas usadas pelos cirenianos na Grécia antiga. Nas imagens das moedas, era retratado uma mulher sentada segurando a planta enquanto apontava com a outra mão para a sua virilha. 

A extinção do sílfio 

A fama do sílfio foi tão grande que ele não conseguiu resistir por muito tempo. Apesar de existirem leis que proibissem a colheita exagerada de sílfio, a demanda não diminui nem mesmo com seu preço alto. As pessoas tinham um apreço muito grande pela erva, e pagavam o quanto fosse necessário para obtê-la.

A criação do sílfio começou a entrar em declínio, pois a planta não crescia em outras regiões quando era plantada novamente. Alguns pesquisadores acreditam que o sílfio não podia ser plantado porque ele era um híbrido de duas espécies diferentes. 

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Esse híbrido pode ter se reproduzido de forma assexuada, espalhando raízes por toda a região. Desta forma, quando os gregos tentaram colher a planta e replantá-la, eles falharam já que ela tinha se tornado completamente estéril. 

No fim do século um depois de Cristo, o sílfio foi declarado extinto. Além do consumo humano, o sílfio pode ter encontrado o seu fim para sempre devido aos animais selvagens que viviam na região e se alimentavam da erva. 

Atualmente, existem algumas espécies de plantas que se assemelham aos registros de sílfio, a asafoetida e a ferula jaeschikaena. Essas espécies, assim como o sílfio, também são reconhecidas por causarem infertilidade momentânea e aborto.


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