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Medidas aplicadas pelo governo federal e pela comunidade são responsáveis pela diminuição do desmatamento na bacia amazônica

Apesar da tendência brasileira ao desmatamento ser evidente por quase uma década, foi apenas nos últimos anos que pesquisadores entenderam como o país conseguiu frear uma epidemia ilegal que eliminou aproximadamente 20% da Amazônia brasileira na última metade do século. Até mesmo hoje, a história depende de quem a está contando.

A revista científica Nature, em uma recente publicação, destacou como as ações do Brasil no combate ao desmatamento podem influenciar outros países em seus próprios desafios.

Ações tomadas

Vários fatores conspiraram para diminuir o desmatamento. O governo federal designou áreas da bacia amazônica para proteção; reprimiu fazendeiros, rancheiros e especuladores de terra; colocou pressão em governos locais, enquanto ambientalistas fizeram campanha contra companhias que exportavam carne, couro e grãos de soja de terra ilegalmente desmatada. Estados e comunidades reconheceram que suas economias estavam em risco e isso os levou a desenvolver sua própria política.

“Brasileiros não querem o desmatamento,” disse o cientista climático Carlos Nobre. Mas desobstruir e plantar novas terras continua sendo a força primária para o crescimento econômico da Amazônia, segundo ele. “Ainda não temos um modelo alternativo.”

A batalha contra o desmatamento no Brasil começou com imagens de satélites da superfície do território. Desde 1988, pesquisadores têm compilado mapas de alta resolução de cobertura à floresta a cada ano. Durante a última década, cientistas passaram a fornecer informação em tempo real para agências de segurança ambiental brasileiras, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Exemplo e moratória

O município de Brasil Novo (PA) tem reduzido a taxa de desmatamento e é um dos mais recentes a sair da lista negra, mas foi um caminho difícil. Fazendeiros, até os mais honestos, tiveram dificuldades em vender sua carne quando a lista saiu. Como resultado, a economia local diminuiu e a base tributária se contraiu, o que enfraqueceu os serviços públicos. Houve a perda de investimentos em municipalidade devido a problemas ambientais.

Segundo a Nature, as fronteiras econômicas, na forma de incentivos mais rígidos e iniciativas como a moratória, parecem ser a razão pelo declínio inicial no desmatamento. O desmatamento era maior em áreas não cobertas pela moratória da soja, inclusive em propriedades que já estavam no registro federal de terras. Resultados ainda não publicados sugerem que a moratória da carne possuiu efeitos similares nos fazendeiros que temem serem banidos de mercados se desmatarem.

“Essas moratórias são responsáveis por grandes mudanças no território brasileiro”, diz Holly Gibbs, pesquisadora da Universidade de Winsconsin. Gibbs se preocupa com o que acontecerá assim que a moratória seja levantada como agendado no ano que vem.

Especialistas veem o registro como a base para uma nova administração da terra. Pesquisadores do governo estão trabalhando na criação de um sistema de monitoramento para classificar e rastrear diferentes tipos de propriedades. A ideia é utilizar no país inteiro como um complemento para o registro de terras nacional. Isso poderia levar a uma capacidade nunca vista de rastreamento, além de estudo e promoção de melhor uso de terras nacionalmente, segundo eles.

Programa internacional e Indonésia

A experiência brasileira poderia informar o desenrolar de um programa internacional que a Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd) criou em 2013 para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Apesar de ser uma sombra do plano que muitos imaginaram, a ideia básica continua a mesma. Nações industrializadas pagam para que o carbono seja mantido ou para que haja aumento de árvores através do melhor manejamento de florestas.

A atenção internacional está focando na Indonésia, que está desmatando mais terrenos que qualquer outro país. A Noruega injetou mais de 1 bilhão de dólares no país para o governo demonstrar redução no desmatamento e emissões. Ambientalistas também estão transferindo as experiências do Brasil na Indonésia e extraíram promessas de derrubar o desmatamento de diferentes corporações internacionais que são ativas na indústria do óleo de palma.

A Indonésia perdeu 840 quilômetros quadrados (km²) de floresta em 2012, comparado com os 460 km² perdidos pelo Brasil, apesar da floresta da Indonésia ter ¼ do tamanho da brasileira.

Para acessar o texto na íntegra, clique aqui.

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