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Crescimento das vendas de VEs no Reino Unido desafia metas de emissões e a competitividade local

O Reino Unido vive um momento de virada no mercado de veículos elétricos (VEs), com um aumento significativo nas vendas e a instalação de pontos de carregamento. Em 2023, o país superou a Alemanha, tornando-se o maior mercado de VEs da Europa, com 382.000 unidades registradas, um crescimento de 21,4%. Esse avanço reflete a crescente aceitação da tecnologia, que encontra um terreno fértil no mercado britânico, impulsionado por um governo que não impôs as restrições tarifárias que a União Europeia e os Estados Unidos adotaram para os carros elétricos fabricados na China.

Ao mesmo tempo, o governo do Reino Unido segue com seu ambicioso plano de transição, que inclui o mandato para a eliminação dos carros a gasolina e diesel até 2035. No entanto, a história recente revela que as vendas de VEs ainda não atingiram as metas estabelecidas. Em 2024, representaram apenas 19,6% do mercado, abaixo dos 22% obrigatórios. Esse descompasso gerou especulações sobre a aplicação de multas que podem alcançar até £ 15.000 por carro não elétrico vendido. A dúvida sobre a fiscalização dessas normas reflete um momento de incerteza sobre o futuro do setor, ainda mais diante da competitividade global.

O crescimento do mercado de carros elétricos no Reino Unido ocorre em paralelo a uma rápida expansão da infraestrutura de carregamento, que viu um aumento de 38% no número de pontos de carregamento em 2023, elevando o total para 73.699. Além disso, o número de carregadores ultrarrápidos e de destino, localizados em restaurantes e outros pontos estratégicos, também aumentou consideravelmente. Esses dados visam tranquilizar consumidores, muitos dos quais se mostram apreensivos com a falta de infraestrutura de carregamento. No entanto, o panorama pode mudar com a introdução de novos impostos sobre os VEs, que passarão a pagar £ 195 anuais a partir de 2025, após anos de isenção.

Apesar de o Reino Unido ser visto como um refúgio para a indústria de carros elétricos, especialmente em um cenário de turbulência global, a crescente presença de marcas chinesas no mercado britânico levanta questões sobre a competitividade local. Fabricantes como BYD, MG e NIO já estão em território britânico e projetam aumentar significativamente sua participação, o que pode afetar a indústria automotiva do país. Em 2024, o MG4, da marca chinesa MG, foi o veículo elétrico mais vendido no Reino Unido, superando até mesmo o modelo mais vendido da Tesla, o Model 3.

Além disso, a pressão sobre a indústria britânica para atender aos limites de emissões de CO2 e às metas de venda de carros elétricos segue em alta, com o risco de que fabricantes que não cumpram as metas possam abandonar o mercado de carros a gasolina e diesel. O cenário global também contribui para esse movimento, pois a China, com uma capacidade de produção acima da demanda interna, está cada vez mais focada na exportação. O Reino Unido, fora da União Europeia, precisará decidir se adota medidas protecionistas contra essas importações ou se abrirá espaço para a competição global, o que poderá impactar fortemente a indústria local.

Em 2025, o mercado britânico verá se as marcas chinesas, com preços mais acessíveis e tecnologia avançada, conseguirão se consolidar como líderes, ou se a indústria local conseguirá se reerguer por meio de inovações e incentivos. As expectativas são altas, e o Reino Unido se encontra em um ponto de decisão que poderá redefinir o futuro da sua indústria automotiva, com consequências profundas tanto para o emprego quanto para o meio ambiente.4o mini


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