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O estudo analisou e comparou níveis de contaminação por PFAs de peixes de água doce criados a partir da aquicultura com peixes selvagens do oceano

Uma análise revisada por especialistas do Environmental Working Group (EWG) comprovou que os peixes selvagens de água doce dos Estados Unidos são mais contaminados por PFAs do que aqueles de água salgada criados com aquicultura. A descoberta foi publicada no jornal Environmental Research e reúne dados de três pesquisas realizadas em 2013. 

De acordo com os especialistas envolvidos na análise, os níveis de contaminação levantados podem ser uma fonte significativa de exposição a PFOS (perfluorooctanossulfonato) e outros PFAs para a população norte-americana.

Os PFAs são uma classe de químicos altamente tóxicos, incluindo os PFOS, também conhecidos como “produtos químicos persistentes”. Sua nomenclatura se dá ao fato de que esses componentes possuem um poder bioacumulativo, permanecendo no meio ambiente e no organismo de seres vivos por muito tempo — com algumas classes de PFAS levando até mil anos para se degradar. 

Homem bebendo água
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Tasha Stoiber, uma das co-autoras da análise conduzida pelo EWG, concluiu que parte da contaminação por PFAs em seres humanos é resultante não somente da água, mas também de suas dietas. 

“É um pouco chocante e difícil de digerir essa informação. Mas a contaminação é generalizada e é importante falar sobre isso”, disse a especialista. 

O estudo reuniu dados de três análises conduzidas em períodos diferentes de 2013, lideradas pela Environmental Protection Agency (EPA) e pela Food and Drug Administration (FDA), ambas dos Estados Unidos. 

A pesquisa conduzida pela EPA comprovou a existência de PFAs em todas menos uma das 501 amostras coletadas para análise, com peixes cultivados obtendo níveis menores do que os capturados na natureza. Os testes da FDA, por sua vez, foram feitos em peixes comercializados em supermercados, que comprovaram níveis de contaminação 280 vezes menores do que aqueles apresentados por peixes selvagens de água doce.

Além de comprovar um alto risco de exposição à substâncias tóxicas, ambos os estudos alertam para a pesca para consumo próprio, comumente praticada nos Estados Unidos. No entanto, nenhuma das duas instituições alertou os perigos da prática aos consumidores. 

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Por outro lado, a análise da EWG compara o consumo de apenas uma porção de peixes selvagens com beber água altamente contaminada todos os dias durante um mês.

De acordo com David Andrews, co-autor do estudo, a situação é “frustrante porque não possui uma solução” além da eliminação de outras fontes responsáveis pela poluição de PFAs”. De acordo com o pesquisador, ingerir apenas uma porção de peixe de água doce equivale a beber água contaminada todos os dias.

Desde a associação aos efeitos de alguns PFAs à saúde humana, os Estados Unidos retiraram gradualmente a produção de duas substâncias dessa classe — PFOS e PFOA (ácido perfluorooctanóico). Entretanto, os corpos hídricos podem ficar contaminados por décadas. 


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