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Uso de paracetamol pode deixar as pessoas mais propensas a praticar paraquedismo ou tomarem outras atitudes de risco

Imagem: de Halacious no Unsplash

É comum procurar um analgésico quando se está com dor de cabeça ou alguma outra dor mais simples e uma das opções mais comuns em todo o mundo é o paracetamol. O porém é que o uso de paracetamol não elimina apenas a dor de cabeça, mas também aumenta as chances de quem toma o remédio ter comportamentos de risco.

Essa foi a principal descoberta de um novo estudo realizado por pesquisadores da Ohio State University, cujos resultados foram publicados na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience.

“O paracetamol parece fazer as pessoas sentirem menos emoções negativas quando consideram atividades de risco – elas simplesmente não se sentem tão assustadas”, explica Baldwin Way, coautor do estudo e professor associado de psicologia da Ohio State University. Portanto, essas pessoas pode se interessar mais por atividades como pular de bungee jump ou participar de uma conversa sobre alguma opinião impopular durante uma reunião no trabalho, segundo o estudo.

Uma vez ingerido o paracetamol, as decisões da pessoa sobre assumir riscos giram em torno de uma série de razões, todas relacionadas ao uso do medicamento: diminui a sensação de estar magoado, tem menos empatia e suas funções cognitivas ficam embotadas. A pesquisa apontou, no entanto, que os efeitos foram mínimos, mas ainda assim notáveis.

A informação é digna de nota, já que mais de 600 medicamentos diferentes de venda livre contêm o paracetamol, que é o ingrediente de medicamento mais comum nos EUA. Como Way explica, “com quase 25 por cento da população nos Estados Unidos tomando paracetamol a cada semana, a percepção de risco reduzida e o aumento do risco podem ter efeitos importantes na sociedade.”

A equipe descobriu essas informações conduzindo um experimento envolvendo 500 participantes. Eles mediram os efeitos de uma dose de 1.000 mg (a dosagem recomendada para adultos) de paracetamol naqueles que receberam o medicamento aleatoriamente, em comparação com aqueles que receberam um placebo.

Para testar o método, os participantes receberam um balão e os pesquisadores disseram que cada sopro traria mais dinheiro imaginário. Foi constatado que aqueles que tomaram placebos pararam de encher os balões mais rápido com medo dele estourar, enquanto quem tomou o paracetamol encheu mais, correndo mais riscos.

Os participantes também foram questionados por meio de uma pesquisa incluindo questões hipotéticas, como o quanto eles estavam dispostos a fazer bungee jump de uma ponte alta, ou se eles apostariam sua renda em um evento esportivo como corrida de cavalos. Novamente, aqueles que tomaram a droga estavam mais propensos a correr riscos.

A equipe da Ohio State University enfatiza que essa informação deve ser levada em consideração quando pesquisas futuras envolverem o paracetamol. E os pesquisadores apontam que, embora suas descobertas sejam significativas, o paracetamol continua sendo o ingrediente de medicamento mais comumente usado em todo o mundo. Também é considerado essencial pela Organização Mundial da Saúde, além de recomendado por agências regulatórias ao redor do mundo.



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