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O cheiro pode ter qualidades científicas na memória, entenda mais sobre a memória olfativa

A memória olfativa é uma habilidade do cérebro em desencadear memórias a partir do cheiro. 

O fenômeno acontece a partir de uma associação de odores ao hipocampo, parte do cérebro localizada perto das amígdalas. O hipocampo é responsável pelo armazenamento das emoções e sensações e, por proximidade, é frequentemente influenciado pelas percepções de sentidos como tato, paladar e olfato

Acredita-se que os cheiros tenham uma ligação mais forte com a memória e a emoção do que qualquer um dos outros sentidos, fazendo com que a memória olfativa seja um fenômeno poderoso. Diversos estudos já comprovaram que o estímulo olfativo é maior do que estímulos visuais. 

Uma pesquisa de 2004 da Universidade Brown, por exemplo, comprovou que mulheres possuem uma maior atividade cerebral quando cheiram perfumes associados a memórias felizes do que perfumes novos. Além disso, essa atividade foi maior do que a produzida pela deixa visual de ver os frascos dos perfumes, comprovando os poderes da memória afetiva

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Como funciona o olfato

O olfato, embora poderoso, pode ser um mecanismo complicado de se entender. Tanto assim que o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2004 foi entregue aos pesquisadores Richard Axel e Linda Buck por decifrarem o seu funcionamento. 

Ao entrarmos em contato com um odor ou moléculas voláteis no ar, os neurônios que compõem as células receptoras olfativas enviam um sinal para uma parte do cérebro chamada bulbo olfativo. Assim, os especialistas descobriram que cerca de mil genes são responsáveis pela codificação de diferentes tipos de receptores olfativos.

Os sinais são passados para microrregiões do bulbo olfativo, onde regiões específicas são responsáveis por diferentes tipos de odores, que então são interpretados. 

Viagem no tempo 

Por seu poder em desencadear eventos passados, a memória olfativa é frequentemente descrita como um mecanismo de “viagem no tempo”, que possibilita uma vivência de experiências antigas. 

Por isso, uma pesquisa de 2022 realizada por especialistas da Universidade Lancaster trabalhou na reconstrução de memórias a partir do odor e sabor de alguns alimentos. Participantes que compartilharam memórias envolvendo comidas específicas puderam fazer essa viagem no tempo ao consumirem modelos impressos em tecnologia 3D. 

Imagem de Daria Junger no Unsplash

Esses modelos são pequenas bolas comestíveis, semelhantes a um gel e modeladas a partir do alimento original, porém, mais fáceis de engolir, com sabores mais intensos e sem exigir todos os ingredientes e preparo.

De acordo com os especialistas envolvidos na pesquisa, os resultados do consumo desses modelos de impressões 3D “têm ricas qualidades sensoriais e emocionais que suportam uma forte recuperação recordativa”. 

Após o consumo, participantes conseguiram recordar vividamente eventos passados, onde haviam experimentado esses alimentos originalmente — que variaram entre as 72 respostas, como churrascos em casamentos ou morangos em hospitais. 

O estudo enfatiza o poder das memórias olfativa e gustativa como mecanismos que nos ajudam a lembrar de certos eventos com precisão. 


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