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O iogurte grego é feito através da remoção do soro do leite, líquido que pode causar diversos impactos ambientais

Fonte de vitaminas, cálcio e proteínas, o iogurte é um componente importante da nossa dieta diária. Ele é o resultado da fermentação do leite por bactérias, que recebem o nome de probióticos e são responsáveis pela digestibilidade do alimento. Tendo essa etapa como ponto comum na fabricação de todos os tipos e sabores de iogurte, as diferenças entre o iogurte grego e iogurte comum começam a aparecer na etapa seguinte da produção.

O que é iogurte grego?

Tradicionalmente, o iogurte grego é feito através da remoção do soro do leite, líquido remanescente após o leite coalhar. O resultado final desse processo é um iogurte mais sólido, com menos açúcar e carboidratos e com mais proteína em comparação com o iogurte regular. Segundo a nutricionista Tatiana Hirooka, o iogurte grego é considerado um produto intermediário entre os leites fermentados tradicionais e os queijos não maturados com alto teor de umidade, como o boursin, quark ou petit suisse.

Fabricação do iogurte grego

A fabricação do iogurte grego varia de acordo com cada fabricante. Ele pode ser produzido por um processo industrial, que retira o soro do leite, ou pela adição de proteínas lácteas, creme de leite ou gomas naturais espessantes. Esses métodos de produção do iogurte grego são responsáveis pela cremosidade tão apreciada do alimento, capaz de conquistar até o consumidor mais exigente. Mas esse tipo de iogurte, apesar de ter maior quantidade de proteínas e cálcio, também apresenta mais calorias e gorduras.

Principal resíduo gerado pela produção industrial, o soro de leite ainda não tem o seu valor de mercado reconhecido no Brasil, e acaba sendo despejado em cursos d’água, causando poluição. O soro possui alta demanda bioquímica de oxigênio, isto é, necessita de grande quantidade de oxigênio no ambiente para ser degradado. Com isso, o soro de leite proveniente da fabricação do iogurte grego compromete o nível de oxigênio presente na água, acarretando a morte de plantas e animais que dependem desse elemento para sobreviver.

Alternativas para o descarte do efluente gerado na produção do iogurte grego

Levando em consideração o valor nutricional do soro de leite gerado na produção do iogurte grego, bem como o alto custo de tratamento desse efluente, outras alternativas têm surgido para prevenir os impactos ambientais causados pelo descarte incorreto do líquido em cursos d’água.

Para não despejar o soro de leite produzido em cursos d’água, muitos produtores têm devolvido o soro às fazendas. Assim, ele é adicionado à ração dos animais e complementa a carga de proteínas e energia necessitada por eles diariamente. Além disso, o soro poderia ser aproveitado para fabricação de pães, doces, queijo ricota, sucos concentrados e também na extração de leveduras.

Nos Estados Unidos, uma grande empresa de iogurte grego tem dado outro tipo de destinação ao seu resíduo. Ela envia o soro de leite produzido para uma estação de tratamento de águas residuais, que coloca todo o conteúdo recebido em um biodigestor anaeróbico. Nesse grande tanque, composto por bactérias que trabalham na ausência de oxigênio, é produzido o gás metano. Esse biogás servirá como fonte para geração de energia, que é capaz de alimentar, por exemplo, a própria fábrica de iogurte. Essa é uma maneira inteligente e eficaz econômica e ambientalmente de tratar o soro de leite gerado.


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