Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Pedro Luiz Côrtes comenta que os ciclones continuarão acontecendo nos próximos meses e é preciso ficar atento às previsões meteorológicas

Se preferir, vá direto ao ponto Esconder

Por Jornal da USP | Desde a semana passada, um ciclone extratropical está afetando os Estados do Rio Grande de Sul e Santa Catarina. O fenômeno ocasionou ventos de mais de 160 km/h, deixando mais de 250 mil pessoas sem energia elétrica.

O ciclone é o oposto de um furacão. O furacão possui um núcleo quente, enquanto que o ciclone tem o seu núcleo frio por ser gerado em águas frias. “O ciclone se caracteriza por uma zona de baixa pressão e, ao redor dele, você tem zonas de alta pressão. Então, o vento acaba migrando das zonas de alta pressão, como se a gente tivesse uma maior concentração de ar nas zonas ao redor e no centro dele uma menor concentração de área. Isso faz com que o vento saia das bordas e vá em direção ao centro”, explica Pedro Luiz Côrtes, professor titular da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP.

O fenômeno é comum nos períodos mais frios do ano, de junho até setembro, e nas latitudes entre 30 e 60 graus. Segundo Côrtes, o que tem surpreendido os especialistas é a intensidade e extensão dos ciclones. 

Chuvas intensas 

Uma das principais consequências do ciclone são as chuvas. O que explica isso é a maneira como ele foi formado: “Nós tivemos uma massa de ar quente com muito vapor que veio da Amazônia, formando um corredor seguindo mais ou menos a trajetória dos rios voadores, e que encontra uma massa de ar frio que veio do sul do continente”, diz Côrtes. Por conta das chuvas, houve destruição da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, afetando principalmente os moradores do Sul do Brasil. 

Alerta constante 

Côrtes destaca que não está descartada a ocorrência de novos ciclones nessa época do ano, no entanto, é difícil prever com qual intensidade eles virão. Por isso, é necessário se proteger. Côrtes dá algumas dicas para isso: “Fiquem sempre alertas às previsões meteorológicas, buscar informação de qualidade para se preparar. E aquelas pessoas que moram em zonas sujeitas a alagamento e inundações com chuvas mais intensas, na medida em que se configurar que está chegando um ciclone, saiam da região porque as chuvas são muito intensas. E quem tiver oportunidade de reforçar o telhado de casa, cobertura de silo, de galpão, o faça porque é uma garantia maior para evitar perdas materiais mais significativas”. 


Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais