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Segundo Fernando Bellissimo Rodrigues, a falta desse simples procedimento diminui a eficiência de outros, como a administração de antibióticos e o uso de tecnologias no combate a infecções

Por Vinicius Botelho, do Jornal da USP

Essencial no combate às infecções relacionadas à assistência à saúde, a higienização das mãos é a prática efetiva na prevenção de diferentes contaminações nos ambientes hospitalares. A falta desse simples procedimento diminui a eficiência de outros, como a administração de antibióticos e o uso de tecnologias no combate a infecções. A análise é do professor e infectologista Fernando Bellissimo Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

O tema ganhou relevância nas últimas semanas, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgar um relatório inédito sobre prevenção e controle de infecções mundiais. De acordo com o material, cerca de 70% das infecções relacionadas à assistência à saúde podem ser evitadas se forem adotadas práticas simples, baratas e efetivas de higiene, como lavar as mãos.

Além do controle de infecções, Rodrigues explica que “a higiene das mãos ajuda a prevenir doenças contagiosas, como a covid-19, a gripe, o resfriado, as diarreias, e evita uma série de outros fatores, sendo um ato que deve ser praticado em todos os tipos de ambientes”, inclusive fora dos locais de saúde.

Impactos das infecções na saúde pública

Ainda segundo o relatório da OMS, a cada 100 pacientes em hospitais para cuidados intensivos em países de alta renda, sete adquirem ao menos uma infecção. Em países de baixa e média renda, o número sobe para 15. O professor explica que esse cenário existe pela “cultura de segurança mais firmemente difundida nos países de maior renda”, causada pelas melhores condições de trabalho, remuneração e treinamentos dos profissionais nesses países.

O aumento dos casos de infecção em países de baixa e média renda também está relacionado ao número de mortes causadas pelo problema. Segundo Rodrigues, “cerca de 16 milhões de pessoas morrem anualmente no mundo todo em consequência desses episódios”. A prevenção dessas infecções, diz o professor, “prolonga e dá qualidade de vida às pessoas, além de diminuir os impactos na saúde pública”. 

Danos das infecções são problema universal

Mesmo com os impactos menores nos países de maior renda, Rodrigues afirma que “nenhum serviço de saúde pode dizer que erradicou as infecções relacionadas à assistência à saúde”. Como forma de prevenção, o professor diz que o incentivo e o envolvimento do próprio paciente com práticas de higiene é um dos métodos recentes que estão sendo adotados e documentados por especialistas. 

Esse envolvimento passa pela higiene pessoal do paciente e pela cobrança do profissional de saúde que vai atendê-lo, garantindo que esse responsável higienize suas mãos “antes de mexer em um curativo ou medir a pressão”, por exemplo. “Essa é uma forma mais moderna, que tem sido trabalhada em vários serviços de saúde e ajuda a promover a adesão dessa importante prática”, explica o professor.

Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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