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A ideia da Prefeitura foi criar um grande programa de polinização e de difusão do conhecimento da importância da correção ambiental

Coincidindo com a primavera, Curitiba ganhou seu primeiro Jardim de Mel. A estrutura de cerca de 1.500 metros quadrados fica ao fundo do Expo Renault Barigui, no Parque Barigui.

O espaço conta com cinco caixas que abrigam as espécies de abelhas nativas sem ferrão – jataí, manduri, mirim, mandaçaia e guaraipo; além das plantas melíferas, como as brunfelsias, lantanas, cravínas, alissos, ixoras, formios, cipós de são joão, neomaricas, ipês amarelos e pitangas.

Na estrutura, há pergolado, deck, acesso para pedestres e espaço de convivência, com bancos. Está prevista a instalação de um bicicletário. A área fica próxima ao bosque, na rota de voo das abelhas nativas polinizadoras, responsáveis por 90% da polinização das plantas brasileiras.

“A ideia da Prefeitura foi criar um grande programa de polinização e de difusão do conhecimento da importância da correção ambiental”, explica o prefeito Rafael Greca. Com os Jardins do Mel, a cidade voltará a estimular a presença dos insetos, responsáveis por boa parte do cultivo agrícola e disseminação de árvores nativas.

Entre os locais definidos, além do Barigui, estão o Jardim das Sensações, no Jardim Botânico; e o Bosque Reinhard Maack, no bairro Hauer. Outros locais são o Zoológico de Curitiba, no Boqueirão; o Museu de História Natural do Capão da Imbuia; e o Passeio Público, no Centro. “São locais que, além de facilitar a implantação do projeto, cumprem o requisito de educação ambiental”, conta a diretora do Departamento de Pesquisa e Conservação da Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Márcia Arzua.

A localização das caixas deve favorecer a autonomia de voo das abelhas sem ferrão, que varia de espécie para espécie, entre 500 metros a dois quilômetros. A variação depende do tamanho do corpo e das asas dos insetos. Assim, elas poderão polinizar a maior parte da cidade de forma natural, permitindo a enxameação e a volta das abelhas para a cidade.

O projeto é viabilizado em parceria pelas secretarias municipais do Meio Ambiente e da Educação, a Fundação Cultural de Curitiba e o Instituto Municipal de Administração Pública (Imap).

Educação ambiental

Fatores como a própria introdução da abelha africana para produção de mel e outros derivados, desmatamentos, queimadas, entre outros, contribuem para a diminuição da incidência da abelha nativa. No mundo, há 400 espécies e 300 delas são endêmicas do Brasil.

O repovoamento e a sensibilização para a sua importância são outros objetivos de um amplo programa, que além dos Jardins do Mel, prevê a educação ambiental para as crianças das creches e escolas municipais. “Cuidar das abelhas é cuidar da preservação de toda a biodiversidade da cidade”, reforça o professor Felipe Thiago de Jesus, responsável pela implantação.

Para saber mais sobre as abelhas confira a matéria: “A importância das abelhas para a vida no planeta“.



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