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O ar poluído pode levar as mulheres a darem à luz a bebês menores. A exposição à poluição do ar durante a gravidez rivaliza com os danos causados pelo tabagismo

polluted day” por David Veksler está licenciado sob CC BY 2.0

Um novo estudo realizado pelas universidades de Edimburgo e Aberdeen, na Escócia, revelou que bebês escoceses expostos a altos níveis poluição atmosférica por meio da respiração materna desenvolveram cabeças e corpos menores com relação ao padrão.

A pesquisa também mostrou que as mães que fumaram durante a gravidez, mas que estavam expostas a ambientes com menor nível de poluição, deram à luz a crianças com problemas similares.

O estudo levou em consideração apenas um grupo de amostragem no nordeste da Escócia, onde a poluição do ar é menos acentuada do que em cidades como Edimburgo e Glasgow. As maiores concentrações médias detectadas durante o estudo foram de 7,2 microgramas por metro cúbico (µg/m³), muito abaixo da média anual de 10 µg/m³, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O pesquisador-líder do estudo, Tom Clemens, explicou que as descobertas de sua equipe mostraram que “um feto de uma mãe não fumante exposta a altos níveis de poluição é apenas um pouco melhor que um feto de uma mãe fumante exposta a baixos níveis de poluição”.

Clemens instou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Européia a reverem suas definições a respeito de quais são os níveis de emissões considerados aceitáveis.

Outro estudo advertiu que as despesas dos países do G20 (19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) devido aos subsídios dados aos combustíveis fósseis aumentaram os custos relacionados à saúde em mais de dois trilhões de dólares, principalmente devido a complicações causadas pela exposição à poluição do ar.

Impacto do material particulado

A pesquisa de Clemens foi a primeira que levou em conta o impacto do material particulado (que pode entrar nos pulmões e na corrente sanguínea) no desenvolvimento de fetos. Os dados foram coletados por meio de ultrassom e de registros de maternidade de nascimentos ocorridos entre 2002 e 2011.

O coautor do estudo, Chris Dibben, advertiu que, enquanto a maioria das mães está ciente dos perigos que o tabagismo representa para os fetos, muitas podem não estar tão preocupadas com o impacto da poluição do ar. Isso é particularmente verdadeiro para as pessoas que vivem em áreas menos poluídas.

No início de 2017, a Comissão Européia reconheceu que mais de 130 cidades em todos os Estados membros infringiram leis de qualidade do ar. Vários países europeus têm anunciado intenções de proibir motores de combustão num futuro próximo, a fim de combater a poluição do ar.

A comissão também tomou medidas para tentar controlar os níveis de poluição. Novos padrões para as usinas de energia entraram em vigor no início de setembro de 2017, levando muitas empresas de energia a questionarem se é economicamente mais viável transformar as usinas ou simplesmente desligá-las.


Fontes: Euractiv e PubMed

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