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Jovens convocam mobilização global para o dia 20 de setembro. No Brasil, eventos em mais de 40 cidades alertam para o risco das mudanças climáticas

Nesta sexta-feira, 29 de setembro, antecedendo a Cúpula de Ação Climáticas (Climate Action Summit) da ONU em Nova York, crianças, jovens e adultos do mundo todo se juntam em uma grande mobilização. Enquanto lideranças mundiais se reúnem para debater saídas para a crise ambiental, milhares de cidadãos em todos os continentes irão às ruas cobrar medidas rápidas e efetivas para que seja possível conter as mudanças climáticas em níveis seguros para a vida na Terra.

Ao demonstrar o poder das pessoas, os organizadores pretendem fazer dessa semana um ponto de virada na história. “Nós, jovens cidadãos, estamos ao lado dos cientistas, que há décadas vêm pesquisando e nos alertando sobre os riscos que corremos. Segundo 99% dos estudos climáticos, nosso tempo de existência na Terra está se esgotando e, a cada momento sem uma atitude climática efetiva, o risco de um colapso ambiental cresce rapidamente”, explica Nayara Almeida, do Fridays for Future Brasil.

Além da greve liderada pelos jovens, em alguns países as manifestações vão culminar na Primeira Greve Geral pelo Clima, em 27 de setembro, com o engajamento dos trabalhadores (saiba mais aqui). Juntos, grupos e organizações comunitárias estão organizando ações adicionais durante a “Semana pelo Futuro e pela Justiça Climática“, em tradução literal, que acontecerá entre os dias 20 e 27 de setembro. O objetivo é conscientizar mais cidadãos sobre os impactos devastadores dos colapsos climático e ecológico que já estão sendo sentidos em todo o mundo, vitimando especialmente as populações mais vulneráveis.

O movimento no Brasil

No Brasil, já são mais de 30 cidades confirmadas para as manifestações dos dias 20 a 27, dentre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Ponta Grossa, Vitória, Manaus e Salvador (veja a lista consolidada aqui). Nas grandes cidades, há intensa participação de ONGs e outras organizações sociais e o movimento tende a crescer com a intensificação da divulgação.

Esta é terceira Greve Mundial pelo Clima da qual o Brasil participa. A primeira aconteceu no dia 15 de março de 2019 e marcou o nascimento do Fridays for Future no Brasil. Inspirados pelo movimento liderado e criado pela jovem sueca Greta Thunberg, jovens brasileiros se mobilizaram de forma totalmente espontânea e on-line. Em cerca de cinco dias, já estavam organizados em 24 cidades. Depois dessa primeira greve, os atos semanais continuaram acontecendo no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e São Carlos.

A segunda Greve Mundial aconteceu em 24 de maio, já com uma participação maior tanto das cidades quanto dos jovens nas ruas. Foram 37 cidades mobilizadas e o movimento passou a ter núcleos locais efetivos.

Aos poucos, o movimento iniciado com um grito solitário na Suécia se multiplica no Brasil, país onde os jovens ainda precisam lutar por direitos básicos como saúde e educação de qualidade, erradicação da pobreza, saneamento básico e trabalho digno e onde as populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e pequenas comunidades vivem sob constante ameaça. “Acreditamos que os jovens brasileiros estão num processo de despertar para a pauta climática e aos poucos o movimento ganha garra e forma no Brasil”, explica Nayara.

Atualmente, o grupo é formado principalmente por estudantes do ensino médio, jovens universitários e recém-formados com até 29 anos, que estão presentes em todas as cinco macrorregiões brasileiras.

Ao lado desses jovens, também está se organizando um movimento de familiares, internacionalmente conhecido como Parents for Future. No Brasil, o grupo se intitula “Famílias pelo Clima” e vem contribuindo para que mais pessoas participem das mobilizações e se reconheçam como um importante meio de transformação. “Este é apenas o começo: estamos conectados local e globalmente e trabalhando em ações para continuar provocando mudanças. Afinal nós somos os adultos, nós estamos nos espaços de decisão e não é justo deixarmos esse fardo para as futuras gerações“, diz Clara Ramos, mãe de duas meninas e integrante do Famílias pelo Clima.

Os grupos são suprapartidários. Em diferentes proporções e aspectos, as mudanças climáticas afetam e continuarão afetando a todos, independentemente de posição política e social. E, portanto, esta é uma causa de toda a humanidade.

Veja a relação atualizada das manifestações no Brasil em: fridaysforfuturebrasil.org/eventos/greve-mundial-pelo-clima.

Saiba mais sobre a Greve Global pelo Clima e confira algumas dicas de como participar:


Fonte: WWF-Brasil

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