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Estudo de 40 páginas servirá de base para tomada de decisões políticas a respeito do clima em 2015

Há cada vez menos tempo, mas ainda é possível agir. Essa é a principal mensagem do relatório do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), ligado à ONU, divulgado no último dia 2 de novembro. No entanto, as medidas precisam ser fortes. De acordo com o documento, a emissão de gases causadores do efeito estufa precisa cair até 70% em 2050 e até 100% em 2100 – isso para limitar riscos crescentes que alterações climáticas trariam a muitas espécies que habitam o planeta.

O relatório é uma síntese de 40 páginas feita a partir de aproximadamente 5 mil páginas de trabalhos de 800 cientistas, publicados desde setembro de 2013. Em suma, o documento afirma que o aquecimento global está causando mais ondas extremas de calor e chuvas intensas, o que resulta na acidificação dos oceanos e aumento do nível dos mares.

Adoção de energia solar ou eólica, energia nuclear e usinas a carvão em que o dióxido de carbono seja enterrado foram medidas sugeridas. Com elas e algumas outras, espera-se evitar o aumento da temperatura em dois graus Celsius acima da era pré-industrial (atualmente, elas já estão cerca de 0,85 grau mais altas), desde que os principais países emissores (China, Estados Unidos, Índia e membros da União Europeia) se responsabilizem em frear suas atividades poluentes.

O documento, apesar de não trazer nenhuma grande novidade técnica, tem importância por dar um foco mais político à questão do aquecimento global, já que o texto servirá de base para que 200 países se preparem para firmar acordo sobre o tema em Paris, em 2015. Houve grande preocupação em não inserir frases impositivas e alarmistas no relatório, dando foco à possibilidade de mudança.

O estudo foi aprovado por autoridades de mais de 120 governos. Clique aqui para conferir o relatório na íntegra (em inglês).

Secretário-geral da ONU tem confiança em acordo

Após a divulgação do relatório, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou confiança na confecção de acordos para a 21ª Conferência do Clima, em Paris, em 2015. Para ele, de 2009 (quando houve fracasso em negociação ocorrida em Copenhague) para os dias de hoje, o diálogo se expandiu. “É importante tentar sempre; às vezes alcançamos o sucesso, às vezes falhamos. Acredito que naquela época, em Copenhague, os líderes não estavam totalmente preparados. De lá pra cá temos construído um amplo diálogo e, a cada encontro, percebemos que eles tem ampliado o seu comprometimento. Os estados-membros já concordaram em estabelecer um acordo. É um bom começo”, disse.

O secretário-geral também reforçou as necessidades de alteração de matrizes energéticas e de poupar recursos. “Precisamos migrar para os recursos renováveis”, afirmou, completando: “Cada indivíduo pode participar desse esforço. Um único pingo de água precisa ser usado de uma maneira mais sustentável”.

Com informações de IPCC e Agência Brasil

Veja também:
Reunião de cientistas do IPCC elaborará um guia político visando a reversão das mudanças climática


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