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Medida polêmica quer reduzir velocidade máxima a 30km/h em certas vias

Paris, conhecida mundialmente como a “cidade luz” por conta de sua beleza, também tem problemas. Um deles é a poluição causada por carros, motos e outros veículos que circulam diariamente pelas ruas do município. Por isso, a capital francesa pretende intensificar sua política restritiva à circulação de automóveis.

Novas medidas foram apresentadas no conselho da cidade. A mais polêmica é a redução da velocidade para veículos que circulam na cidade. Novas “zonas 30” serão instaladas em diversas localidades. Essa medida instaura a velocidade máxima de 30km/h nas proximidades de escolas, estabelecimentos esportivos e culturais. Até grandes avenidas e bulevares terão essa restrição.

A prefeitura irá analisar cada caso para delimitar os eixos de redução de velocidade que sejam viáveis para os motoristas do ponto de vista técnico. Apesar disso, os moradores ainda estão muito resistentes às mudanças. Os sócios do Clube do Automóvel são contra o aumento das “zonas 30” e pedem que haja uma aprovação dos moradores. Os habitantes dos subúrbios também são contra, pois acham que a medida irá beneficiar apenas as famílias mais abastadas.

Alem de reduzir a poluição, as novas medidas também visam diminuir o número de acidentes na cidade. Segundo a Agencia Nacional Interministerial de Segurança Viária, estima-se que, com 5% da redução de velocidade, o risco de acidentes com ferimentos diminua 10% e o risco de acidente fatal tenha um decréscimo de 20%. No entanto, quando o assunto é poluição, o benefício é igualmente relevante: a redução da velocidade além de levar a uma emissão menor de CO2, também ajuda a reduzir a emissão de partículas finas prejudiciais à saúde, segundo estudos da Agência do Meio Ambiente e do Controle de Energia (Ademe).

Outras medidas

O prefeito de Paris também propôs a proibição de veículos antigos, o que gerou grande polemica. A medida é parte da discussão sobre as “zonas prioritárias para o ar” (ZAPA), que a ministra do Meio Ambiente, Delphine Batho, decidiu relançar após o fracasso do programa no governo anterior. A proibição seria para setembro de 2014, válida para carros particulares e utilitários com mais de 17 anos, para veículos pesados com 18 anos, automóveis de duas rodas com mais de 10 anos.

A zona de exclusão iria atá a rodovia A86. A prefeitura de Paris se diz favorável a um pedágio que não barrasse a entrada na cidade, como ocorre em Londres e Estocolmo, mas sim um sistema de pedágios por quilômetros nas rodovias metropolitanas, além da proibição da circulação de qualquer veículo pesado em Paris ou em seu anel viário. Ainda existe também a possibilidade da instalação de uma fiscalização técnica sobre veículos motorizados de duas rodas.

Em dez anos, a circulação de veículos na cidade caiu cerca de 25% e o comportamento dos franceses também mudou: 40% abandonaram o carro para se locomoverem via transporte público, a pé ou de bicicleta. Apenas 7% da população ainda anda de carro diariamente. O meio de transporte que mais cresceu foi a bicicleta, que hoje representa 3,1% das locomoções.

O sistema de bicicletas chamado de Velib conta com 250 mil assinantes, conseqüência de dois fatores: as restrições do espaço público, no qual se tornou cada vez mais difícil circular e estacionar e o aumento da tarifa do transporte público. Em uma década, 750 mil metros de calçada foram adaptados para beneficiar pedestres e ciclistas, assim como linhas de bonde foram abertas.

O prefeito de Paris se mostra menos ousado no maior problema de poluição da cidade: a grande quantidade de veículos movidos a diesel. Ele pedirá uma “redução progressiva” ao governo francês dos benefícios fiscais concedidos. O diesel, por emitir partículas finas e ultrafinas, faz de Paris uma das cidades mais poluídas da Europa.


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