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Material cerâmico, quando aquecido por um reator, pode converter energia solar em combustível armazenável

Sempre que ouvimos falar do uso de energia solar, logo imaginamos painéis instalados nas superfícies de casas ou de outros edifícios. De supetão, também pensamos isso se alguém fala a respeito de um automóvel solar.

Seja como for, sempre que pensamos em energias alternativas, fazemos ligações em nossa mente com aparelhos que captam essa energia: moinhos (eólica), painéis (solar), tomadas (elétrica). Mas, o que aparece na sua mente quando o assunto é converter essa energia em combustível que pode ser estocado e disponibilizado para o abastecimento de veículos?

Se você pensou em um laboratório, você acertou. A conversão e estocagem para abastecimento já é realidade, pelo menos em laboratório. Um experimento realizado pelo California Institute of Technology (EUA), consegue dar uma nova perspectiva para esse grande desafio. A responsável pelo experimento, a Dra. Sossina Haile, explica que “para realizar a conversão de energia, foi utilizado um material cerâmico, o óxido de cério (CeO2). Ele, quando aquecido a altas temperaturas, libera oxigênio (O2) sem perder sua estrutura”.

A Dra. Haille acrescenta que, “uma vez resfriado, esse material cerâmico volta a absorver oxigênio. Se o resfriamento ocorrer em presença de vapor de água (H2O) ou gás carbônico (CO2), o oxigênio será retirado das moléculas de uma ou outra dessas substâncias, e a reoxidação resultará na liberação de hidrogênio (H2), em um caso, ou de monóxido de carbono (CO), no outro. Ambos com grande potencial como combustível”.

Processo de aquecimento do material cerâmico

Para conseguir aquecer o material e dar continuidade ao processo de obtenção de combustível, a equipe da Dra. Haille usou um reator, cuja tampa é construída de cristal de quartzo (que concentra a radiação solar). O óxido de cério (CeO2) reveste a cavidade interna do reator.

Veja na figura um “retrato” do reator

De acordo com a Agência Fapesp, o funcionamento do reator se dá da seguinte forma: oxigênio liberado após o aquecimento flui por uma saída no fundo do recipiente. E os gases (H2O ou CO2), que resfriam o óxido de cério, entram radialmente na cavidade, atravessando os poros do material. Pela mesma porta de saída, escapam o hidrogênio ou o monóxido de carbono, ejetados após a reoxidação.

Ainda, é possível operar o radiador a 1350 ou 1450 graus. Segundo a Dra. Haile, é possível trabalhar nessas temperaturas devido ao uso do zircônio, que torna a liberação de oxigênio da estrutura mais fácil do ponto de vista termodinâmico.

Fonte e imagens: Agência Fapesp

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