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Evento gratuito faz parte do maior festival de cinema socioambiental da América do Sul

Após a realização de ​sua sétima edição em São Paulo​, que exibiu​ 121 filmes de 31 diferentes países ​(todos os continentes estavam representados)​, atingiu público espectador de mais de 23 mil pessoas ​e ocupou, ​durante as duas primeiras semanas de junho, ​32 salas de cinema na cidade​, a ​Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental​, mais importante evento sul-americano dedicado à temática socioambiental, realizará uma itinerância em Santos.

O evento é uma realização da ONG Ecofalante em correalização com a Prefeitura Municipal de Santos. Ele tem patrocínio do Porto de Santos (Codesp) e conta com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Tigre e Instituto Carlos Roberto Hansen e White Martins.

Entre os dias 18 e 30 de setembro, o festival ocupa diversos locais da cidade: Cine Arte Posto 4, Cine na Praça (Pç. Guadalajara – Morro Nova Cintra), Senac, Instituto Arte no Dique e Sociedade de Melhoramentos do Jardim São Manoel.

Também acontecem sessões no Cinescola Querô (Vila Criativa – Unidade Vila Nova), voltadas para a comunidade, na São Judas – Campus Unimonte para o público universitário e no Sesc Santos para as Etecs.

Nesta itinerância estarão representados os seguintes programas da 7ª Mostra Ecofalante: o Panorama Internacional Contemporâneo, a Competição Latino-Americana, a Homenagem a Chico Mendes e a Sessão Infantil.

Também serão exibidos filmes de outras edições da Mostra Ecofalante que fazem parte do acervo do programa Mostra Escola. Além das sessões, acontecerão também nove debates com convidados sobre os temas relacionados aos filmes. Todas as atividades do evento são gratuitas.

Na ​Panorama Internacional Contemporâneo, serão apresentados 11 títulos, entre curtas e longas-metragens, representando 13 diferentes países (há duas coproduções). Os filmes discutem temas como ‘campo’, ‘cidades’, ‘consumo’, ‘povos & lugares’, ‘preservação’ e ‘trabalho’.

Dentre os destaques desta seção está o longa australiano ​“Triste Oceano” (de Karina Holden), documentário que é um alerta sobre o fato de que metade de toda a vida marinha do planeta foi perdida nos últimos 40 anos. O filme focaliza a luta de alguns ativistas para chamar a atenção sobre a necessidade de mudanças urgentes em nossas atitudes a fim de preservar a biodiversidade marinha. A projeção do filme acontece no Cine Arte Posto 4 no dia 25/09, terça-feira, às 18h30, e na ​Sociedade de Melhoramentos do Jardim São Manoel no dia 28/09, sexta, às 19h30. Ambas as sessões serão seguidas de debates.

Outro destaque é a coprodução entre Noruega e Reino Unido ​Obrigado, Chuva (de Julia Dahr), filme em que a cineasta acompanha um pequeno agricultor queniano para registrar os impactos das mudanças climáticas em sua vida. A obra foi selecionada para os festivais IDFA – Amsterdã, CPH:DOX e Hot Docs. Sua diretora foi eleita pela Forbes como uma das 30 personalidades jovens que estão definindo a mídia mundial. A sessão deste filme acontece na quarta-feira, dia 26/09, às 21h no Cine Arte Posto 4.

Outros destaques importantes são ​“​Cidadã Jane: A Luta pela Cidade” (de Matt Tyrnauer), longa-metragem sobre a ativista Jane Jacobs, que em meados do século 20 esteve envolvida em uma série de lutas contra o brutal processo de gentrificação da cidade de Nova York e ​”Sociedade do Almoço Grátis” (de Christian Tod), que trata sobre a possibilidade de uma renda básica para todos os cidadãos, confrontando a opinião de especialistas e figuras-chave de diversas escolas de pensamento, da ala neoliberal à esquerda utópica.

A cidade recebe ainda a ​Competição Latino-Americana​, em que serão exibidos 26 dos filmes que concorreram ao Prêmio de Melhor Filme Latino-americano da 7ª Mostra Ecofalante. Entre os exibidos, destacamos os vencedores pelo júri das categorias Melhor Longa e Melhor Curta-metragem Latino-Americanos, respectivamente: ​”Dedo na Ferida” (de Silvio Tendler) e ​”Abigail” ​(de Valentina Homem e Isabel Penoni). Também será mostrado o vencedor da categoria Melhor Filme pelo público, ​”Ser Tão Velho Cerrado” (de André D’Elia). O público ainda poderá apreciar os dois filmes que obtiveram a menção honrosa pelo júri: o média-metragem ​”Sob a Pata do Boi” ​(de Márcio Isensee e Sá) e o longa ​“Estado de Exceção“​ (de Jason O’Hara).

Outro destaque importante é ​”Krenak”, ​de Rogério Corrêa, uma história da tribo indígena Krenak, desde a declaração da “guerra justa”, pelo rei português D. João 6º em 1808, até o desastre ambiental no Rio Doce, causado pela ruptura da barragem de minérios em Mariana, em 2015. A sessão do filme acontece no dia 23/09, domingo, às 18h30 no Cine Arte Posto 4.

Já ​”Ser Tão Velho Cerrado” denuncia o processo de degradação que vem sofrendo o cerrado brasileiro, graças, entre outros, à invasão do agronegócio na região. O filme também aborda a luta e a busca de alternativas dos moradores da Chapada dos Veadeiros para a preservação e o desenvolvimento de sua região. A projeção deste filme acontece no Cine Arte Posto 4 no dia 20/09, quinta-feira, às 21h.

Estado de Exceção“​, ​que obteve Menção Honrosa de melhor longa pelo júri da 7ª Mostra Ecofalante, ​focaliza, às vésperas da Copa do Mundo da FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016, uma comunidade indígena urbana ameaçada de despejo. Filmado ao longo de seis anos, o filme retrata como, à medida em que os megaeventos começam a ameaçar uma série de outras comunidades, os residentes se unem para lutar em defesa dos seus direitos constitucionais. A sessão do filme acontece na terça-feira, 25/09, às 16h no Cine Arte Posto 4.

Dedo na Ferida“​, do veterano documentarista Silvio Tendler, de “Os Anos JK – Uma Trajetória Política”, “Jango” e “O Veneno Está na Mesa”, discute a financeirização da economia e o​ fim do Estado de Bem-estar Social, processos que vêm acarretando uma visível degradação na condição de vida da esmagadora maioria das pessoas e o aumento da desigualdade social no mundo. O filme será exibido na sexta-feira, 21/09, às 16h no Cine Arte Posto 4 e na segunda-feira, 24/09, às 8h30 no Senac.

Outro destaque é a produção carioca ​”Sob a Pata do Boi“​, de Márcio Isensee e Sá, que trata da criação de gado na Amazônia (hoje, são 85 milhões de cabeças de gado, três para cada habitante da região) e de como a pecuária vem se tornando as bandeiras econômica e social da região. A sessão deste filme acontece na quinta-feira, 20/09, às 18h30 no Cine Arte Posto 4.

O Melhor Curta-metragem da mostra competitiva, ​“Abigail” (de Isabel Penoni e Valentina Homem), retrata a indigenista ​Abigail Lopes, que, na década de 1950, travou contato com os índios Xavantes e esteve em missões comandadas pelo sertanista Francisco Meireles e ​hoje vive ​uma casa aberta de memórias quase extintas. O filme esteve na Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Sua sessão acontece no dia 20/09, quinta-feira, às 16h no Cine Arte Posto 4.

A Competição Latino-americana conta ainda, entre outros, com os curtas ​“Estás Vendo Coisas”​, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, s​elecionado para o Festival de Berlim e exibido na Bienal de São Paulo, e ​“O Delírio é a Redenção dos Aflitos”​, que esteve selecionado em Cannes, na seção Semana da Crítica e foi ​premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro como melhor direção, melhor roteiro e melhor direção de arte.

Completando a programação de longas latino-americanos, estão: ​”Água Mole Pedra Dura” ​(de James Robert Lloyd e Flávia Angélico), uma investigação sobre a maior crise hídrica da história de São Paulo; ​”Quilombo Rio dos Macacos” (de Josias Pires Neto) sobre o conflito pela propriedade daquela terra de uso tradicional, que é também reivindicada pela Marinha, o filme documenta graves violações de direitos humanos, registra processos de negociação e aspectos culturais, simbólicos e características do território; ​”Rio Verde, O Tempo dos Yakurunas” (de Alvaro Sarmiento e Diego Sarmiento), uma jornada poética pelas profundezas da Amazônia guiado por cantos ayahuasca; ​”Espólio da Cidade”​(de Paulo Murilo Fonseca e André Turazzi), que aborda a tensão entre memória e desenvolvimento urbano, além da complexidade das questões ligadas a preservação e a conservação do patrimônio arquitetônico da cidade de São Paulo; e o chileno ​”Terra Solitária” (de Tiziana Panizza), sobre um dos mais isolados lugares habitados do planeta, a Ilha de Páscoa, destino turístico que já abrigou uma prisão colonial hoje transformada em prisão moderna da qual ninguém jamais escapou.

A sessão em ​Homenagem a Chico Mendes​, que no marco dos 30 anos de seu assassinato rememora o seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro que se tornou expoente na defesa da Amazônia, traz o longa “Crianças da Amazônia” (de Denise Zmekhol). Nele, percorremos com a cineasta a rodovia BR 364, 15 anos após sua última passagem pela região, momento em que encontrou Chico Mendes, denunciando as mudanças e degradações ocorridas em nome do progresso.

Debates

Além das sessões, o festival também promoverá nove debates relacionados aos temas dos filmes. No dia 25/09, às 20h, acontecerá o debate “Oceanos, uma Tragédia Irreversível?” no Cine Arte Posto 4, após a exibição do longa “Triste Oceano”. Participarão da mesa William Schepis, diretor-presidente do Instituto EcoFaxina e a oceanógrafa Cintia Miyaji, da Paiche.

William Schepis também será o convidado no debate da Sociedade de Melhoramentos do Jardim São Manoel, no dia 28/09, e do primeiro debate com alunos da Unimonte no dia 24/09, onde haverá outros dois debates com participação de professores da universidade.

No Senac, serão realizadas três exibições seguidas de debates. No dia 18/09, o convidado será o biólogo Daniel Maia de Andrade, após a exibição do filme “Água Mole Pedra Dura”. Na quarta-feira, 19/09, após a exibição do filme “O Homem do Saco”, o debate será com Marcelo Adriano, presidente da ONG Sem Fronteira. O terceiro debate será após a exibição do filme “Dedo na Ferida”, no dia 24/09, com a assistente social Mariana Rajabally.

Já no Instituto Querô, haverá um debate com os alunos após a sessão do filme “Estás Vendo Coisas”, no dia 18/09.

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