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Protestos de ativistas e cientistas bloqueiam diversos aeroportos na Europa

Ativistas e cientistas do clima bloquearam, na última terça-feira (14), diversos terminais de jatos particulares em diferentes países com o objetivo de protestar sobre as emissões causadas pelo meio de transporte. Esses movimentos seguem outros 23 protestos que ocorreram ao longo do último mês, incluindo em Bruxelas e em Los Angeles. 

Entre os aeroportos bloqueados nesta semana estão o Aeroporto de Luton em Londres, Aeroporto de Schiphol em Amsterdã e Aeroporto de Bromma em Estocolmo, que foram tomados por grupos ativistas como Scientist Rebellion, Extinction Rebellion (XR) e Stay Grounded

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De acordo com representantes desses grupos, os protestos ocorreram na terça-feira para coincidir com a data comemorativa de São Valentim, conhecida comumente no hemisfério norte como Valentine’s Day. Em comunicado ao público, o grupo Extinction Rebellion disse que a data “não deveria custar a Terra” em resposta ao aumento de voos privados que ocorreram no dia. 

Embora sempre um problema aos olhos de especialistas, parte da população só começou a entender mais sobre o impacto dos jatos particulares no meio ambiente a partir de um relatório do site Yard, que constava com uma lista de celebridades com as piores emissões de CO2 derivadas desses meios de transporte. A partir da repercussão do documento, o público começou a especular sobre a pegada ambiental da parte rica da população que possui acesso frequente a essas máquinas. 

Dados da European Federation for Transport & Environment mostram que, em média, jatos particulares são 10 vezes mais “carbono intensivos” por passageiro do que aviões comerciais e 50 vezes mais poluentes do que trens. Portanto, o objetivo das movimentações contra esses meios de transporte são exclusivamente associados a uma pequena parte da população. 

“Esta é uma ação direcionada – estamos interrompendo apenas o 1% mais rico: os maiores emissores de renda, que são os maiores responsáveis ​​pela poluição e têm mais poder para afetar as mudanças [climáticas]”, disse Nigel Harvey, chefe-executivo de uma empresa de reciclagem e ativista presente nas manifestações. 

Como solução para os impactos da aviação, foi criado o movimento “Make Them Pay”, composto por cidadãos e cientistas do grupo Extinction Rebellion. Entre as demandas do projeto, estão a proibição de jatos particulares e a taxação de passageiros frequentes de aviões. 

“O produto desse imposto deve ser usado para financiar transporte público acessível para todos e reparações climáticas para os mais afetados pela crise climática, que também são os menos responsáveis”, disse Sara Campbell, representante da Extinction Rebellion da Nova Zelândia. 

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Entretanto, esses planos não são novos. Na COP27, por exemplo, o grupo de Países Menos Desenvolvidos (PMDs), que são mais afetados pelas mudanças climáticas, também propôs um imposto global sobre a aviação para ajudar a pagar os fundos de perdas e danos climáticos.

Ambos os movimentos contra a aviação possuem algo em comum: a atribuição de responsabilidades à população mais rica pelas “emissões de luxo” liberadas por máquinas aéreas.

“Não podemos permitir que os ricos sacrifiquem nosso presente e futuro na busca de seus estilos de vida luxuosos”, disse o cientista climático da NASA, Dr. Peter Kalmus, da Scientist Rebellion.


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