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Além de danos à saúde, o óleo lubrificante pode gerar impactos negativos irreversíveis ao meio ambiente

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Todo bom motorista sabe, trocar óleo do carro é necessário e muito importante! Mas você imagina para onde vão os lubrificantes usados depois daquela “geral” no mecânico? Segundo a Agência Nacional do Petróleo, pelo menos 30% do óleo lubrificante que chega às oficinas deveria ser devolvido às refinarias para o reaproveitamento.

A importância de reciclar o óleo lubrificante usado ou contaminado vai muito além das vantagens econômicas. O motivo mais importante de efetuar um descarte correto é evitar riscos à saúde e ao meio ambiente. O seu manuseio despreocupado acarreta inúmeros danos à saúde.

Por vir do petróleo, o óleo já é tóxico e, geralmente, contém diversos tipos de aditivos que, em altas concentrações, potencializam seus efeitos contaminantes. Tudo isso sem contar que o manuseio incorreto do óleo lubrificante, além de carregar essa carga original, gera compostos perigosos para a saúde e o ambiente, tais como dioxinas, ácidos orgânicos, cetonas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos. Ele também contém elementos tóxicos, como cromo, cádmio, chumbo e arsênio, oriundos da fórmula original ou absorvidos do próprio motor do equipamento.

Esses contaminantes são, em sua maioria, bio-acumulativos (permanecem por longos períodos no organismo) e causam diversos problemas graves de saúde, como mostrado no quadro abaixo:

ContaminanteEfeitos no Organismo Humano
Chumbo
  • Intoxicação aguda – dores abdominais; vomito; diarreia; oligúria; sensação de gosto metálico; colapso e coma.
  • Intoxicação crônica – perda de apetite; perda de peso; apatia; irritabilidade; anemia, danos nos sistemas nervoso, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos.
  • Cancerígeno para rins e sistema linfático.
  • Teratogênico (malformações nos fetos, ossos, rins e sistema cardiovascular).
  • Acumula principalmente nos ossos.
Cádmio
  • Intoxicação aguda – diarreia; dor de cabeça; dores musculares; dores no peito e nas pernas; salivação; sensação de gosto metálico; dores abdominais; tosse com saliva sangrenta; fraqueza; danos no fígado e falha renal.
  • Intoxicação crônica – perda de olfato; tosse; dispneia; perda de peso; irritabilidade; debilitação dos ossos; danos aos sistemas nervoso, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos.
  • Cancerígeno para pulmões e traqueia.
  • Acumula principalmente nos rins, ossos e fígado.
Arsênio
  • Intoxicação aguda – violenta gastroenterite; queimação no esôfago; diarreia sanguinolenta; vômito; queda da pressão sanguínea; suor sangrento; dispneia; edema pulmonar; delírio; convulsões e coma.
  • Intoxicação crônica – dermatite; escurecimento da pele; edema; danos no sistema nervoso central, cardiovascular; nefrite crônica; cirrose hepática; perda de olfato; tosse; dispneia; perda de peso; irritabilidade; debilitação dos ossos; danos nos sistemas nervoso, respiratório, digestivo, sanguíneo e aos ossos.
  • Cancerígeno para pele, pulmões e fígado.
Cromo
  • O cromo hexavalente – Cr(VI)- é extremamente tóxico diferente mente do cromo trivalente – Cr(lll) – que é essencial na potencialização da insulina. O Cr (VI) é gerado em processos a partir do Cr (III).
  • Intoxicação aguda – vertigem; sede intensa; dor abdominal; vômito; oligúria e anúria.
  • Intoxicação crônica – dermatite; edema de pele; ulceração nasal; conjuntivite; náuseas; vômito; perda de apetite; rápido crescimento do fígado.
  • Cancerígeno para pele; pulmões e fígado.
Dioxinas
  • São substâncias organocloradas, persistentes na natureza, extremamente tóxicas, carcinogênicas e teratogênicas.
  • Essas substâncias agressivas são geradas quando da queima do óleo lubrificante usado ou contaminado, que é ilegal.
  • As várias dioxinas possuem, cada uma, diversos efeitos danosos à saúde humana.
  • Apesar da variedade de sintomas, a título ilustrativo, é possível generalizar destacando que todas elas são cancerígenas para sistema respiratório e causam vômito, dores e fraqueza muscular, falhas na pressão sanguínea, distúrbios cardíacos.
Hidrocarbonetos Policíclicos (Polinucleares) Aromáticos
  • Compostos caracterizados por possuírem dois ou mais anéis aromáticos (por exemplo benzeno) condensados.
  • Têm longa persistência no ambiente.
  • São cancerígenos.
  • Quando resultantes da queima do óleo lubrificante, que é ilegal, afetam os pulmões, o sistema reprodutor e o desenvolvimento do feto (teratogênico)

Assim como danos à saúde das pessoas que entram em contato direto com o resíduo, o óleo também tem grande poder de destruição quando é descartado incorretamente no ambiente, causando danos irreversíveis.

O óleo lubrificante usado ou contaminado, por não ser biodegradável, leva dezenas de anos para desaparecer na natureza. Quando vaza ou é jogado no solo, inutiliza-o, tanto para a agricultura, quanto para edificações, matando a vegetação e os micro-organismos e destruindo o húmus, além de causar a infertilidade da área, que pode se tornar uma fonte de vapores de hidrocarbonetos.

Quando dispensado no solo, a substância pode atingir o lençol freático, danificando os poços da região de entorno. Um litro de óleo lubrificante pode contaminar um milhão de litros de água. Além disso, se jogado no esgoto, ele irá comprometer o funcionamento das estações de tratamento de água, chegando, em alguns casos, a causar a interrupção do funcionamento desse serviço essencial.

Quando queimados (o que é ilegal e constitui crime), os óleos lubrificantes usados ou contaminados causam forte concentração de poluentes num raio de dois quilômetros Também ocorre a geração de uma grande quantidade de particulados (fuligem), produzindo precipitação de partículas que, literalmente, grudam na pele e penetram no sistema respiratório das pessoas.

Fique atento

É importante certificar-se que sua oficina efetua o descarte do óleo de maneira adequada. Reaproveitar o lubrificante do motor é muito comum. Na refinaria de Sete Lagoas, são reciclados dois milhões de litros de óleo por mês. Fique ligado, essa conta também é sua!


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