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Em seu comentário, Eduardo Asada refere-se a setores como os de energia, abastecimento de água, telecomunicações e transporte que fazem parte da assim chamada infraestrutura crítica

Por Letícia Naome em Jornal da USPA infraestrutura crítica ocorre em setores essenciais para a sociedade e a economia — energia, abastecimento de água, telecomunicações e transporte. Nesse sentido, a segurança nesses setores é fundamental para evitar que ocorram problemas. 

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O professor Eduardo Asada, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, explica que, se não houver um planejamento correto para essas áreas e ocorra algum imprevisto, “pode chegar a uma situação onde o prejuízo é muito grande”, de danos econômicos e sociais altíssimos, como no caso do Amapá, em 2020.

O setor de energia

A estrutura do setor de energia representa uma indústria bastante interligada em um sistema muito complexo, com a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica em operação conjuntamente. “Essa área é toda crítica, porque a gente não pode ficar sem energia hoje, mas em cada um desses sistemas nós temos uma criticidade”, afirma Asada.

Para esse setor sempre funcionar, o professor destaca que precisa ser feita uma ação coordenada de produção de energia elétrica. “Se tivermos falhas, por exemplo, em algum gerador, outros vão ter que compensar aquela falha, e isso liga também para a parte de transmissão. Como é que eu vou transportar o que foi compensado com uma falha do gerador por outros caminhos? Então, eu tenho que pensar também nessa parte da transmissão, finalmente chegando até o consumidor final.”

Apesar de juntar o fator crítico ao complexo, Asada destaca que o setor de energia elétrica é bastante seguro, até porque um serviço tão essencial precisa estar sempre funcionando. E, com avanços tecnológicos e implantação em automação, há a melhora na tecnologia, seja no controle, seja no monitoramento.

Cibersegurança no setor de energia

5G, que será implantado no Brasil em julho de 2022, poderá otimizar ainda mais a automação. Mas o professor alerta para o cuidado com as redes que gerenciam todo esse setor. Ataques cibernéticos podem ocorrer, ao mesmo tempo que podem ser confundidos com falhas no setor. “Se eu tenho tudo conectado em redes e há ali um tráfego de informações, não se pode deixar o acesso para que estranhos entrem e perturbem a operação. Então, essa é uma preocupação bastante grande”, afirma.

Logo, se, por um lado, criam-se facilidades, por outro, precauções devem ser tomadas. “Alguém, por exemplo, bastante conhecedor da área, sabe as brechas e pode explorá-las e prejudicar não somente uma pessoa. Nessas infraestruturas críticas, acaba atingindo uma população enorme”, explica Asada.

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Com a automação e o avanço na tecnologia, deve haver também o avanço do monitoramento e as regras precisam ser claras. O exterior está caminhando para a “flexibilização de diferentes pontos de energia elétrica. Então, diferentes participantes podem, por exemplo, negociar energia elétrica. E o Brasil está caminhando no sentido de flexibilizar isso também, do consumidor que põe painel solar em casa. Essa é uma tendência natural”, pondera o professor.


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