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De Phoenix, Arizona, à China e à Espanha, há recordes de calor por todo o mundo

Um artigo publicado ontem (27) na revista Scientific American alerta para o fato de que, com cada vez mais calor sendo retido na atmosfera pelos gases de efeito estufa emitidos quando os humanos queimam combustíveis fósseis, os recordes de calor agora são cada vez mais frequentes do que os de frio.

10 conclusões do Relatório do IPCC sobre Mudanças Climáticas de 2023

A mudança climática leva a ondas de calor mais longas, fortes e frequentes. Um estudo recente do grupo World Weather Attribution descobriu que algumas das ondas de calor recorde deste verão teriam sido “virtualmente impossíveis” sem a mudança climática. Um verão quente do passado é mediano hoje, e os verões quentes atuais serão considerados bastante medianos para o futuro.

O calor extremo mata as pessoas. Nos Estados Unidos, ceifa mais vidas do que furacões, tornados e inundações – combinados. É particularmente perigoso para crianças, idosos, pessoas com problemas de saúde como asma e doenças cardíacas, pessoas que trabalham fora e pessoas desabrigadas.

Ondas de calor recorde não teriam acontecido sem mudança climática global, mostra estudo

Phoenix, no Arizona, ultrapassou o recorde do período mais longo de dias com altas temperaturas iguais ou superiores a 43,3 graus Celsius. Em 26 de julho, esse recorde era de 27 dias. (O recorde anterior, estabelecido em 1974, era de 18 dias.)

Miami, na Flórida, registrou um índice de calor (uma medida que considera a umidade para determinar como é a temperatura do corpo humano) acima de 37,8 graus C por 45 dias a partir de 25 de julho, de acordo com o meteorologista local, Brian McNoldy. 

Este é de longe o maior número de dias consecutivos para atingir esse nível. (O recorde anterior, estabelecido em 2020, era de 32 dias.) A cidade também registrou um recorde de 13 dias consecutivos com um índice de calor de 41,1 graus.

San Angelo, Texas, estabeleceu um recorde histórico de 45,6 graus C em junho, quando uma cúpula de calor permaneceu estacionada sobre a área por semanas. Foi um dos muitos recordes de calor que foram quebrados em todo o estado neste verão.

Argel, capital da Argélia, estabeleceu um recorde histórico de 48,7 graus C em 23 de julho em meio a uma onda de calor brutal que afetou áreas ao redor do Mediterrâneo.

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Calor e seca aumentam no Cerrado com o avanço do desmatamento

Palermo, a capital da região italiana da Sicília, atingiu um recorde histórico de 47 graus C em 24 de julho, quebrando seu recorde anterior em mais de dois graus Celsius. Os dados de temperatura lá remontam a 1791.

O município de Sanbao, na região chinesa de Xinjiang Uygur, bateu o recorde histórico de temperatura alta do país de 52,2 graus C. E a região da Catalunha, na Espanha, teve sua temperatura mais quente de todos os tempos, de 45,4 graus Celsius.

Em escala global, o planeta teve seu junho mais quente já registrado este ano por uma ampla margem. Tudo isso é indicativo de que, no Brasil, o verão poderá ser fatal, trazendo inundações e deslizamentos de terra. Alguns chamariam esses eventos de “desastres” ambientais, mas, tendo em vista que esses eventos climáticos são consequência das mudanças climáticas causadas pela atividade humana, devemos chamá-los pelo o que eles realmente são: crimes socioambientais.


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