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As cidades, que estiveram historicamente voltadas para o pedestre passaram por uma grande transformação a partir da década de 50, com a ascensão da indústria automobilística e dos transportes rodoviários. Depois disso, o crescimento urbano parece ter sido organizado para o uso de carros, ônibus, trens ou quaisquer meios de transporte que não fossem os do próprio corpo humano: pernas e pés. Mas as intervenções mais recentes, especialmente em grandes cidades, passaram a se preocupar em garantir que a população possa voltar se locomover por esses meios, aumentando a chamada walkability. Saiba mais sobre o conceito aqui.

O assunto será tema de palestra no segundo dia da Greenbuilding Brasil 2016 – Conferência Internacional e Expo, a maior feira de construção sustentável da América Latina, que acontece de 9 a 11 de agosto em São Paulo. “Um dos motivos da maior atenção à walkability, provavelmente, se deve à intensificação e evidenciação dos problemas urbanos causados pelo uso exagerado do carro como meio de transporte”, comenta Myriam Tschiptschin, arquiteta e urbanista que coordena no CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) uma equipe de trabalho no com o foco em desenvolvimento urbano sustentável, e será a palestrante deste tema no evento.

O termo walkability, em inglês, refere-se a quanto uma área é apropriada para caminhar, e está relacionado à fluidez do deslocamento a pé ou por meios de transporte não automotores, como bicicletas, patins e skates, com calçadas ou espaços adequados para essas travessias. Segundo Myriam, as recentes polêmicas sobre as ciclovias e a interrupção do trânsito em avenidas movimentadas, como ocorre em São Paulo, também contribuíram para que essa estratégia de engenharia urbana se tornasse relevante para os grandes conglomerados humanos.

“O tempo gasto no trânsito, o número de mortes em acidentes viários e a poluição do ar são alguns dos problemas provocados pelo uso dos meios de transporte automotores adotados nas cidades” afirma a palestrante. “Paralelamente, mais acesso à informação e a busca por modos de vida mais saudáveis pela população também auxiliaram a percepção da importância da substituição do carro pela caminhada quando há uma estrutura para isso”.

Os problemas citados por Tschiptschin ficam ainda mais evidentes quando são considerados os dados sobre o rendimento comercial e a saúde em cidades que investiram em locomover sua população sem o uso de automotores. Uma pesquisa internacional mostra que em cidades como São Paulo e Nova Iorque o dinamismo do comércio cresce 14% em ruas acessíveis pelos pedestres. “Ou seja, em vez de garantir estacionamento para o cliente, houve 14% de aumento de vendas nos pontos comerciais em que o consumidor pode chegar a pé”, comenta a palestrante. Segundo ela, em Oakland, na Califórnia, a melhoria da walkability do centro comercial da cidade gerou um aumento de 430% nas vendas do comércio.

Outro aspecto diz respeito à melhoria da saúde. Nos EUA, um monitoramento realizado em todos os estados do país apontou que, sempre que o trajeto feito de carro entre casa e trabalho era substituído por bicicleta ou caminhada, a taxa de obesidade da população caía em 10% e a taxa de diabetes, em 6%. Para que esses dados fossem conquistados, a população, que já contava com uma infraestrutura adequada no acesso viário, passou a poder usar os pés como uma opção também confortável. Para incentivar aos meios ativos de transporte, é importante que o desenho urbano considere o encurtamento das distâncias para acesso ao comercio e serviços, bem como percursos seguros e agradáveis na escala do pedestre.

“Por isso, urbanistas e governos precisam assumir a questão da mobilidade urbana de forma mais abrangente do ponto de vista da escala urbana, da interdisciplinaridade e do processo de gestão das políticas públicas. As escolhas devem ser pautadas, tanto pela avaliação de dados reais e atualizados dos deslocamentos urbanos existentes, como por ideias inovadoras que visem melhorias na mobilidade, mas que necessariamente precisam ser monitoradas”, completa Myriam Tschiptschin, adiantando as questões que serão debatidas na Greenbuilding Brasil 2016 Conferência e Expo.

Sobre a Greenbuilding Brasil 2016

Promovida pelo GBC Brasil, a Greenbuilding Brasil Conferência Internacional & Expo é considerada o mais importante evento do setor de construção sustentável da América Latina. Seu objetivo é fornecer conteúdos relevantes sobre o assunto para o mercado através de três iniciativas: Exposição, Conferência e Visitas Técnicas. Destinado a arquitetos, associações e instituições socioambientais, construtores e contratantes, designers, engenheiros, entidades governamentais, incorporadores e instituições financeiras, o evento chega a sua sétima edição no país em 2016 e será realizado nos dias 9, 10 e 11 de agosto, no SP Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo.

Serviço

  • Greenbuilding Brasil Conferência Internacional & Expo 2016
  • Data: 9 a 11 de agosto de 2016
  • Horário da Exposição: 10h às 20h
  • Horário do Congresso: 9h30 às 18h30
  • Local: SP Expo Exhibition & Convention Center.
  • Endereço: Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda, São Paulo
  • Para saber mais sobre as palestras que ocorrerão no evento, clique aqui.

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