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Palmeira-juçara tem alto potencial de germinação em habitat natural

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil | Uma ação conjunta envolvendo movimentos sociais e órgãos públicos despejará, em uma área de 67 hectares da reserva de Quedas do Iguaçu, no Paraná, cerca de quatro toneladas de sementes da palmeira-juçara, árvore ameaçada de extinção, popularmente conhecida como Açaí da Mata Atlântica.

As sementes serão despejadas a partir de um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na reserva legal da comunidade de reforma agrária Dom Tomás Balduíno e nas encostas do Rio Iguaçu – área de alagado que se estabeleceu após a construção da represa da Usina de Salto Osório.

Atualmente mais de 2,5 mil famílias vivem na região que, no passado, foi degradada após períodos de uso por uma empresa para monocultivo de pinus e eucalipto. As sementes que serão despejadas têm “alto potencial de germinação” quando disseminadas em seu habitat natural, informou o Ministério da Justiça (MJ), em nota.

São Paulo (SP) -  Palmeira-Juçara no Parque Ecológico Imigrantes, em São Paulo. Foto: Parque Ecológico Imigrantes
Palmeira-Juçara – Parque Ecológico Imigrantes/divulgação

Extinção

A extração ilegal do palmito da palmeira-juçara colocou a espécia em risco de extinção, já que ela não rebrota. O fruto desta palmeira, no entanto, que tem casca lisa, cor violáceo-escura e uma polpa fina envolvendo a semente, semelhante ao açaí da Amazônia, pode ser comercializado.

Segundo o MJ, a produção e beneficiamento da polpa na comunidade Dom Tomás Balduíno chega a três toneladas de polpa por ano e tem potencial para aumentar: “Quando as famílias tiverem os equipamentos de despolpamento e de armazenamento necessários, o potencial de produção será de cinco a seis toneladas”.

“Rica em antioxidantes, a polpa representa um importante alimento para as comunidades tradicionais, mas também é utilizada na produção de sorvete, farinha, doces e sucos”, acrescentou.

De acordo com o ministério, a iniciativa, implementada durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, contou com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Itaipu Binacional, Agroecology Fund (AEF), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), a Prefeitura de Quedas do Iguaçu, a Câmara Municipal da cidade e o Instituto Água e Terra (IAT).

Este texto foi originalmente publicado pela Agência Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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