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Diclorometano é um composto químico que provoca buracos na camada de ozônio

Diclorometano, ou cloreto de metileno, é um hidrocarboneto clorado, de fórmula química CH2Cl2 e peso molecular 84,93 g/mol. É um líquido incolor, extremamente volátil à temperatura ambiente, usado como solvente em diversos processos químicos. No entanto, as preocupações sobre os seus efeitos na saúde humana levaram a uma procura por alternativas ao seu uso.

Em função de suas propriedades, ele possui diversas aplicações. É usado como decapante e desengordurante, propulsor de aerossóis e agente de expansão de espumas de poliuretano. Vale ressaltar que ele é produzido por meio de uma reação com cloreto de metilo ou metano e cloro a uma temperatura de 500 °C.

Camada de ozônio

A camada de ozônio existente na Terra tem a função de proteger todas as formas de vida contra os malefícios provocados pela incidência desses raios. Ela se forma na atmosfera terrestre, entre 12 e 32 km de altitude aproximadamente (região conhecida como estratosfera), e atua como um escudo. Ou seja, impede que a maior parte da radiação ultravioleta alcance a superfície do planeta.

No entanto, a constante liberação de clorofluorcarbonetos, óxidos nítricos e nitrosos e dióxido de carbono na atmosfera impossibilita a renovação de ozônio. O que permite que os raios ultravioleta penetrem com maior intensidade na superfície terrestre. Isso ocorre porque as moléculas de ozônio ligam-se aos átomos dessas substâncias. Dando origem a outro elemento, o que provoca a redução da concentração desse gás.

Nesse cenário, em 1987, diversas nações assinaram o Protocolo de Montreal. Ele tinha como objetivo regular a produção de gases destruidores da camada de ozônio, principalmente os clorofluorcarbonetos, dos quais a meta era zerar o uso de quinze tipos diferentes.

Diclorometano

ar condicionado, um dos produtos que contém diclorometano
Foto de Carlos Lindner na Unsplash

O diclorometano, como o próprio nome já diz, possui cloro em sua composição e, portanto, quando volatiza, reage com o ozônio, destruindo a camada de ozônio. Entretanto, apesar de ser um composto organoclorado como os clorofluorcarbonetos, não teve seu uso proibido pelo Protocolo de Montreal, pois considerava-se que seu tempo de vida na atmosfera era muito curto (em torno de 6 meses) e que por isso não representava perigo à camada de ozônio. Apesar dessa decisão, atualmente ele tem trazido preocupações.

Esse líquido é utilizado como:

  • Solvente industrial
  • Matéria-prima na produção de outros produtos químicos
  • Agente de expansão de plásticos espuma
  • Desengordurante na limpeza de metais
  • Removedor de tinta
  • Solvente na expansão de isolantes térmicos
  • Solvente na agricultura
  • Preparador de medicamentos
  • Expansor de isolantes térmicos de aparelhos de ar-condicionado e geladeiras

E teve sua concentração atmosférica aumentada em torno de 8% desde o ano de 2000, principalmente no Hemisfério Norte.

De acordo com estudo publicado pela revista Nature, o problema é que se essa tendência de aumento na concentração de diclorometano se mantiver, haverá atraso do retorno da camada de ozônio aos níveis de 1980. Essa meta estava sendo alcançada após a regulação estabelecida pelo Protocolo de Montreal.

Dado que as fontes naturais de diclorometano são pequenas, muito provavelmente o crescimento nas emissões se deve às atividades industriais. Essa expansão, de acordo com a publicação da Nature, tem significativa importância na Ásia, principalmente no subcontinente indiano (região peninsular sul da Ásia). E com o maior crescimento dos países em desenvolvimento como os países da América Latina, incluindo o Brasil, a tendência é que essas emissões aumentem e se mantenham em padrões relativamente altos.

Diclorometano e seus efeitos na saúde

Em um estudo realizado com ratos, o diclorometano provocou defeitos de nascença em filhotes cujas mães respiraram o composto durante a gravidez. Já os animais que consumiram água contendo o composto apresentaram problemas no fígado, incluindo câncer.

O diclorometano pode ser absorvido pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. Além disso, seres humanos são expostos ao composto em locais de trabalho, o que gera maiores riscos de desenvolvimento de câncer.

Segundo a Occupational Safety and Health Administration (OSHA), os limites médios de exposição ocupacional (ambiente de trabalho) são 50 ppm (partes por milhão) por 8 horas, não devendo ser excedido pelo potencial cancerígeno do cloreto de metileno.

Metiltetrahidrofurano como substituto

O metiltretahidrofurano é um composto orgânico líquido em temperatura ambiente e potencial substituto ao diclorometano. Sua vantagem está associada à sua produção, que é feita a partir de fontes renováveis. Algumas dessas fontes incluem milho, bagaço de cana-de-açúcar e cascos de aveia.

Além disso, por ele ser mais fácil de separar e recuperar da água e possuir baixa vaporização de calor, esse composto produz menos resíduos, perde menos solventes e economiza energia durante a destilação e recuperação.

Descarte de diclorometano

Em relação aos descartes domésticos, as principais concentrações do diclorometano estão nos aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. Se geladeiras e aparelhos de ar-condicionado forem descartados de maneira incorreta, ele pode vazar e ir parar na atmosfera. Por isso, o melhor destino para estes objetos é a reciclagem. Dessa forma, o diclorometano e outros materiais possam ser resgatados e reutilizados.

Para fazer o descarte correto confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência no Portal eCycle.


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